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Marinho cobra redução dos juros e diz que 'se dependesse do governo, Campos Neto já teria deixado o Banco Central'

"Até os bancos chegaram à conclusão de que [a taxa de juros] está asfixiando a economia", ressaltou o ministro do Trabalho, Luiz Marinho

Roberto Campos Neto e Luiz Marinho (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado | José Cruz/Agência Brasil)

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247 - O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, lançou duras críticas contra o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, e afirmou que, se dependesse do governo, ele já teria sido substituído. 

"Na verdade, se o Senado observar, o presidente do BC já teria sido demitido de sua função. Entre as suas funções está a inflação, mas também o emprego. Não me lembro de nenhuma ata ver o tema emprego sendo abordado", disse o ministro durante uma conversa com jornalistas em Genebra, nesta quinta-feira (15), segundo a coluna do jornalista Jamil Chade, do UOL. "Ou seja, ele não está cumprindo suas obrigações", completou Marinho. "Já teria motivo para ser demitido. Troca", emendou. 

Ainda conforme a reportagem, Marinho também cobrou que a sociedade aumente a pressão para que o BC reduza os juros. “Em mantendo (a taxa de juros elevada), a sociedade tem de cobrar do Senado brasileiro, que tem a função de controle desse processo. Não é do governo federal esse processo, infelizmente. Se fosse, já teríamos trocado para botar alguém com competência para cuidar disso”, afirmou. "O governo vem fazendo malabarismo de sacrifício para não parar a economia", disse.

Para ele, o Senado precisa examinar se a manutenção de Campos Neto é adequada. Na visão do ministro, se fosse qualquer empresa privada, ele "já estaria na rua". "Teriam colocado outro, com mais competência para olhar a abrangência de sua competência. Ele não está cuidando da sua competência. Essa é a minha visão", disse.

O ministro também destacou a cobrança feita nesta semana pela empresária e presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza, Luiza Trajano, para que o BC reduza a taxa de juros e afirmou que ela possui autoridade para falar sobre a questão de oferta e demanda. 

"Talvez ela seja uma das maiores autoridades para fazer a abordagem que ela fez", ressaltou Marinho. "O que Luiza Trajano está dizendo é que não há demanda coisíssima nenhuma. O que tem é produto estocado na prateleira, por falta de renda e de crédito", observou mais à frente. "Até os bancos chegaram à conclusão de que [a taxa de juros] está asfixiando a economia", pontuou.

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