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"Menino de ouro": Gabriel Galípolo assume BC para liderar nova era pós-Bolsonaro

Muitos no governo acreditam que Roberto Campos Neto, ao manter as taxas de juros altas, sabotou o presidente Lula

Gabriel Galípolo (Foto: Pedro França/Agência Senado)

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247 - Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária do Banco Central, foi escolhido para substituir Roberto Campos Neto na presidência da autarquia a partir de 2025. Sua nomeação marca o fim de um período conturbado no BC, em que Campos Neto foi alvo de críticas por manter os juros elevados durante o governo Lula e por seus laços com o bolsonarismo, incluindo figuras como Jair Bolsonaro e o governador Tarcísio de Freitas. Muitos no governo acreditam que Campos Neto, ao manter as taxas de juros altas, sabotou as políticas econômicas do presidente Lula, que buscam impulsionar investimentos em infraestrutura e desenvolvimento.

Galípolo, por sua vez, tem um perfil técnico respeitado tanto no mercado quanto no governo. Ex-secretário-executivo no Ministério da Fazenda, ele já passou pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e presidiu o Banco Fator. Descrito por Lula como o "menino de ouro", Galípolo se destaca por sua experiência em políticas públicas e sua capacidade de articulação, sendo visto como o nome ideal para conduzir o BC em uma nova direção.

Apesar de esperanças de uma postura mais flexível em relação à Selic, Galípolo tem se mostrado cauteloso em seus discursos. Mesmo sendo pressionado por uma redução mais rápida dos juros, ele tem enfatizado a importância de manter a inflação sob controle, evitando riscos à economia. Essa abordagem mais pragmática trouxe alívio aos mercados, que temiam uma flexibilização excessiva.

Com a saída de Campos Neto, Galípolo assume a presidência do BC com a missão de romper com a gestão anterior, que foi vista por muitos como uma barreira ao crescimento econômico do país. O novo presidente terá que equilibrar a redução dos juros com a necessidade de manter a estabilidade econômica, buscando finalmente destravar as políticas pró-desenvolvimento.

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