Miriam Leitão defende que Lula esqueça a Eletrobrás e cuide só da democracia
Colunista afirma que presidente não deve tentar reverter a privatização da empresa, que, segundo Lula, foi um crime de lesa-pátria
247 – A colunista Miriam Leitão, do Globo, que apoiou o golpe de estado de 2016 e o choque neoliberal implantado por Michel Temer e Jair Bolsonaro defende, em artigo publicado neste domingo, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cuide da democracia, mas não compre brigas na área econômica, como no caso da Eletrobrás, cuja venda foi crime de lesa-pátria, segundo o presidente.
"O presidente Lula, ao assumir, enfrentou emergências em vários ministérios e uma tentativa de golpe de estado que tinha como participantes até militares da ativa. Seus primeiros atos para derrotar a conspiração foram rápidos e eficientes. Precisou acudir as urgências e, em algumas, tem se saído bem. Suas propostas econômicas de revogar a independência do Banco Central, dar vantagens por decreto a empresas estatais no saneamento, reestatizar a Eletrobras não vão prosperar", escreve a jornalista. "O presidente Lula assumiu o país em situação muito difícil, por isso não deve atirar para todos os lados ao mesmo tempo. Deveria ter foco nas questões mais importantes. A primeira é consolidar a democracia", prossegue a jornalista.
Ou seja: na prática, Miriam defende um Lula neoliberal, que cuide da democracia destruída pelos próprios neoliberais.
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