Pacheco contraria Lula e diz ser preciso aceitar a privatização da Eletrobrás
Segundo o presidente Lula afirmou à TV 247, a privatização da Eletrobrás foi um "crime de lesa-pátria"
247 - O Congresso Nacional colocou o pé no freio diante da iniciativa judicial do presidente Lula de contestar aspectos da privatiação criminosa da Eletrobrás, executada pelo regime ultraneoliberal de Jair Bolsonaro. Nesta segunda-feira (8), foi a vez do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de contestar os planos de Lula de trazer a companhia de volta ao controle do País.
Na semana passada, o presidente Lula e a Advocacia-Geral da União foram ao Supremo Tribunal Federal (STF) buscar reverter o ônus gerado à União pela venda da companhia de energia. Eles apontam que, apesar de possuir cerca de 43% das ações, a União tem apenas 10% do poder de voto na empresa. Além disso, a desestatização da Eletrobrás entregou ações abaixo do valor de mercado e impôs barreiras para o Estado comprá-las de volta.
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Segundo Pacheco, a privatização da Eletrobrás já está consolidada. Ele ainda ressaltou que muitos brasileiros usaram o FGTS para investir na empresa e que valorizar as ações da companhia "significa atender a mais de 300 mil pessoas na condição de acionistas minoritários".
"Fizemos uma opção legislativa de capitalização da Eletrobrás, foi algo muito debatido na Câmara e no Senado. Foi aprovado, mantém-se determinadas prerrogativas à União, que é um dos acionistas, de modo que nós consideramos essa uma realidade do Brasil. Era muito importante que se pudesse aceitar essa realidade para valorizar inclusive a Eletrobrás”, disse ele, durante uma reunião da diretoria da Federação de Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
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A desestatização da Eletrobrás também é resistida pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). No último fim de semana, o parlamentar disse estar "preocupado" com a revisão da privatização da Eletrobrás defendida pelo presidente Lula. Ele falou em nome do "Brasil", mas citou interesses de investidores estrangeiros...
A ação no STF vem após o presidente Lula declarar, em entrevista à TV 247, que “o governo vai voltar a ser dono da Eletrobrás” e que a privatização foi “um crime de lesa-pátria”.
“Não vai ficar por isso. Estamos entrando na justiça contra a votação do peso do governo na direção da empresa e o preço pelo qual foi vendida", afirmou Lula.
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