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Para esconder inflação, empresas reduzem conteúdo de produtos nas embalagens

Alta de preços foi um dos motes dos protestos contra Jair Bolsonaro

Para esconder inflação, empresas reduzem conteúdo de produtos nas embalagens (Foto: Reprodução)

247 – Além da alta desenfreada de preços, muitas empresas estão reduzindo o conteúdo de seus produtos nas embalagens. "Quem vai ao supermercado nota que os produtos estão mais caros, dos alimentos aos produtos de limpeza. No entanto, a inflação nem sempre se apresenta explicitamente no preço. A redução da quantidade de unidades de um produto ou do peso nas embalagens sem alterar os preços pode deixar o consumidor com a falsa sensação de que o item não sofreu reajustes ou, até mesmo, está mais barato. Mas, na prática, o cliente está pagando mais pelo item", informam Letycia Cardoso e Raphaela Ribas, em reportagem publicada no Globo.

"Essa estratégia do varejo, conhecida no exterior como shrinkflation (ou reduflação, numa tradução livre), não é ilegal. Mas as empresas precisam informar com clareza a mudança nas embalagens", apontam os jornalistas. Neste sábado, o Fora Bolsonaro foi marcado pela questão inflacionária. Saiba mais:

SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) - Manifestantes se reuniram neste sábado em protestos em diferentes capitais do Brasil para protestar contra o governo federal e pedir o impeachment do presidente Jair Bolsonaro.

Além de críticas ao governo federal em relação ao enfrentamento à pandemia da Covid-19, dessa vez a inflação e os altos preços os combustíveis também entraram na pauta dos atos.

No Rio de Janeiro, o protesto reuniu centenas de pessoas, com apoio de centrais sindicais e partidos de esquerda, e incluiu um enorme inflável em forma de botijão de gás que trazia a inscrição: "Tá caro? A culpa é do Bolsonaro".

Manifestantes também se juntavam nesta tarde na Avenida Paulista, região central da capital de São Paulo, liderados por partidos de esquerda, sindicatos e movimentos sociais.

Convocados para dar uma resposta às manifestações a favor de Bolsonaro no dia 7 de setembro, os atos contrários ao presidente reuniram partidos de centro-esquerda, centrais sindicais e movimentos sociais, entre eles MST, MTST, e as frentes Povo Sem Medo, Frente Brasil Popular e a Frente Fora Bolsonaro, na tentativa de mostrar união e fazer número.

De acordo com os organizadores, os atos foram convocados para mais de 200 cidades pelo país, com destaque para a Avenida Paulista, com a presença de lideranças políticas. Segundo levantamento do portal de notícias G1, foram registrados atos contra Bolsonaro neste sábado em 60 cidades de 20 Estados do país.

Principal nome da oposição, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não foi ao ato. Segundo uma fonte, Lula condicionou sua presença a de presidenciáveis de outros partidos, mas apenas Ciro Gomes esteve no protesto no Rio e deve estar também na manifestação em São Paulo, segundo a mídia local.

Houve uma tentativa de construir um palanque amplo unindo Lula, outros presidenciáveis e nomes de peso como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, mas o recuo de Bolsonaro nas ameaças golpistas, com a carta elaborada em conjunto com o ex-presidente Michel Temer, esfriou os ímpetos pelo impeachment em um primeiro momento, por partidos de centro como PSDB e PSD.

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