Paulo Nogueira Batista: “o país passou por um surto financeiro cambial, mas situação fiscal não é desastrosa”
Para o economista, o governo está lutando, “agora com algum sucesso, para apaziguar esse surto do mercado”
247 - O economista Paulo Nogueira Batista Júnior conversou com o “Denise Assis Convida”, logo após a dissipação do susto do pico cambial, que elevou o dólar a preço de 6,30. A movimentação levou o Banco Central a liquidar reservas para apaziguar o dólar que não parava de subir. Ele concluiu que economistas como ele e outros colegas, estavam “subestimando as vulnerabilidades que se acumulavam, as nuvens que surgiam no horizonte”.
Em sua opinião, o governo está lutando, “agora com algum sucesso, para apaziguar esse surto do mercado”, e estimou que sejam bem-sucedidos, explicando que há dois tipos de surtos: “um que contamina a economia real, e que tem efeitos mais duradouros, e outro que é contido e deixa a economia seguir sua trajetória anterior. Eu acho que há chance para que esse segundo tipo de surto se materialize, porque o governo tem trezentos e tantos bilhões de reserva, e nos últimos dias gastou bilhões dando uma paulada no dólar”. E alertou para o fato de que “o governo tem instrumentos adicionais, além desses bilhões de reservas”.
Como exemplo de recursos que a equipe econômica pode adotar, Nogueira cita: “pode emitir dívida indexada ao câmbio, proporcionando rad àqueles que têm medo de uma depreciação alta adicional. E vou dizer mais: a situação fiscal não é de forma alguma desastrosa. A expectativa de resultado primário para este ano é de meio por cento do PIB. Em lugar nenhum do mundo isto é crise”, reage, concluindo: o país passou por um surto financeiro cambial, mas a situação não é desastrosa”.
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