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    Pedro Serrano defende cassação da concessão da Enel, sem direito a indenização

    Empresa de energia cortou 36% dos funcionários depois da privatização e deixou milhões sem luz em São Paulo

    Pedro Serrano | Enel (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Reuters)

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    247 – O jurista Pedro Serrano, um dos mais conceituados constitucionalistas do País, defendeu a cassação da concessão da Enel, que cortou 36% dos funcionários desde a privatização em 2019 e deixou milhões sem luz em São Paulo durante mais de 48 horas. "Com tamanho corte de funcionários obviamente não há como garantir a continuidade dos serviços em momentos de turbulências naturais, imprevistas mas previsíveis . A Enel cometeu falta grave, deveria ter sua concessão rescindida sem direito a qualquer indenização", postou Serrano, em seu X.

    No último dia 3 de novembro, São Paulo foi assolada por um vendaval que deixou mais de 2 milhões de clientes da Enel Distribuição São Paulo sem energia elétrica. Esse evento levantou preocupações quanto à capacidade da empresa de lidar com emergências, especialmente considerando a redução significativa do quadro de funcionários desde a privatização da antiga Eletropaulo em 2018, que foi adquirida pela italiana Enel.

    Em entrevista ao jornal Valor, o diretor de operações da Enel São Paulo, Vincenzo Ruotolo, assegurou que a diminuição do número de funcionários não afetou a qualidade dos serviços prestados à população. De acordo com dados da CNN, a empresa reduziu seu quadro de funcionários em 36% desde 2019, o que gerou dúvidas quanto à sua capacidade de resposta a incidentes como o recente apagão.

    Ruotolo explicou que a estratégia da Enel São Paulo envolveu a otimização dos recursos, priorizando investimentos em digitalização e automação, como a implantação de medidores inteligentes (Smart Meters), que representam o futuro da gestão de energia. Isso permitiu à empresa direcionar recursos de maneira mais eficaz, terceirizando tarefas menos estratégicas, como a leitura de medidores.

    O diretor ressaltou que a resiliência da rede de distribuição foi reforçada graças a investimentos em tecnologias de telegestão e digitalização. Apesar das críticas, Ruotolo enfatizou que a capacidade operacional em campo da empresa não foi comprometida e que houve até um aumento de 3% no número de colaboradores em campo, entre funcionários próprios e terceirizados. Entretanto, três dias após o vendaval, muitas residências seguem sem energia em São Paulo.

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