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    Petrobrás decide distribuir R$ 48,5 bilhões em dividendos a acionistas, enquanto o povo passa fome e sofre com a inflação

    Estatal distribui mais de 100% do seu resultado aos acionistas – a maioria estrangeiros

    (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino | André Motta de Souza/Agência Petrobras)

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    247 – O golpe de estado de 2016, que derrubou a ex-presidente Dilma Rousseff para que acionistas privados da Petrobrás pudessem lucrar com preços abusivos cobrados da sociedade brasileira na gasolina, no gás de cozinha e em outros derivados de petróleo, continua produzindo estragos. Na noite de ontem, a empresa anunciou que vai distribuir R$ 48 bilhões a seus acionistas, depois de lucrar R$ 44 bilhões em apenas três meses, enquanto o povo brasileiro passa fome e sofre com a inflação que tem na política de preços da Petrobrás a sua principal causa. Hoje, a maior parte do bloco de acionistas da estatal é formado por estrangeiros, como demonstra o economista Uallace Moreira:

    SÃO PAULO (Reuters) - O Conselho de Administração da Petrobras aprovou a distribuição de dividendos no valor de 3,715490 reais por ação preferencial e ordinária em circulação, somando 48,5 bilhões de reais, conforme informações da empresa nesta quinta-feira.

    O montante não inclui a parcela anunciada em fevereiro, e será pago em duas parcelas de 1,857745 real por ação preferencial e ordinária em circulação, sendo uma em 20 de junho, e outra em 20 de julho de 2022.

    Os detentores de ADRs receberão os pagamentos a partir de 27 de junho de 2022 e 27 de julho de 2022, respectivamente, disse a empresa.

    O presidente da estatal, José Mauro Coelho, disse em nota que, "por anos, a Petrobras deixou de pagar dividendos para União e qualquer acionista, e praticou investimentos que não geraram resultados, o que levou ao alto endividamento da companhia, chegando a ser o maior entre as empresas no mundo".

    "Agora vivemos uma nova realidade, com foco em eficiência. Os recursos gerados pela Petrobras são revertidos em investimentos realizados com responsabilidade e que geram maior desenvolvimento econômico e geração de empregos e renda para os brasileiros", acrescentou.

    "A aprovação do dividendo proposto é compatível com a sustentabilidade financeira da companhia e está alinhada ao compromisso de geração de valor... assim como às melhores práticas da indústria mundial de petróleo e gás natural."

    Além dos dividendos, os resultados alcançados pela Petrobras também retornam por meio do pagamento de tributos. Segundo a companhia, no primeiro trimestre foram pagos quase 70 bilhões de reais em impostos, royalties e participações governamentais.

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