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PIB do Brasil desacelera mais que o esperado no 3° trimestre, com alta de 0,4%

Setor de serviços, que responde por cerca de 70% da economia, cresceu 1,1% sobre o trimestre anterior, enquanto a indústria teve alta de 0,8% e a agropecuária encolheu 0,9%

(Foto: REUTERS/Washington Alves)

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Reuters - O Produto Interno Bruto do Brasil perdeu mais força do que o esperado no terceiro trimestre do ano, mas ainda assim atingiu o maior patamar da série histórica, com início em 1996, impulsionado mais uma vez pelo setor de serviços.

O movimento acontece em meio à expectativa de enfraquecimento da demanda neste final de ano sob os impactos do aperto monetário promovido pelo Banco Central e iminência de uma recessão global, cenário que será pano de fundo para o início do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.

O PIB cresceu 0,4% no terceiro trimestre sobre os três meses imediatamente anteriores, informou nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), menos do que o 0,7% estimado por economistas, segundo pesquisa da Reuters. Foi a quinta taxa positiva seguida do indicador.

Sobre o mesmo período de 2021, a alta foi de 3,6%, um pouco abaixo da expectativa de 3,7%.

O setor de serviços, que responde por cerca de 70% da economia, cresceu 1,1% sobre o trimestre anterior, enquanto a indústria teve alta de 0,8% e a agropecuária encolheu 0,9%.

Sob a ótica da demanda, a formação bruta de capital fixo, uma medida do investimento, cresceu 2,8% na margem, enquanto as exportações tiveram alta de 3,6%. O consumo das famílias e do governo cresceu, respectivamente, 1,0% e 1,3%.

REVISÕES

O IBGE revisou para baixo o crescimento do segundo trimestre --para 1,0%, de 1,2% estimado preliminarmente--, mas elevou o cálculo para o primeiro trimestre --para 1,3%, de 1,1%.

Os dados do PIB de 2021 também foram revistos, revelando um desempenho melhor do que o informado anteriormente. O crescimento em 2021 passou para 5,0%, de 4,6%.

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