Prates diz que dividendos extraordinários ainda podem ser pagos pela Petrobras
Para o executivo, a decisão do Conselho de Administração de decidir reter 100% dos cerca de 44 bilhões de reais possíveis de dividendos extraordinários foi um ruído "contornável"
RIO DE JANEIRO (Reuters) - Proposta feita pela diretoria da Petrobras para que fossem distribuídos 50% dos volumes possíveis de dividendos extraordinários referentes ao exercício de 2023 ainda está na mesa e poderia ser aprovada em assembleia de acionistas prevista para abril, afirmou nesta segunda-feira o presidente da companhia, Jean Paul Prates, à Reuters.
Para o executivo, a decisão do Conselho de Administração de decidir reter 100% dos cerca de 44 bilhões de reais possíveis de dividendos extraordinários foi um percalço e um ruído "perfeitamente contornável".
"Na assembleia, pode haver uma deliberação sobre isso (50/50) ou logo depois da assembleia. A proposta de 50/50 não morreu, e não foi enterrada porque eu me abstive", disse Prates.
Na decisão sobre o assunto, o colegiado teve maioria contra os dividendos extraordinários, principalmente pela decisão dos conselheiros ligados à União.
A Petrobras perdeu mais de 55 bilhões de reais em valor de mercado na semana passada, após a companhia frustrar investidores ao não anunciar dividendos extraordinários com a divulgação do resultado trimestral na quinta-feira à noite.
"Posso dizer que essa questão (da queda das ações) é superável e sabe por quê? Porque nosso plano estratégico continua o mesmo e é aquele que os acionistas acreditaram, gerando uma valorização da empresa em dólar no ano passado de 100% e a gestão segue a mesma", disse Prates.
"As pessoas que fizeram o plano e sabem fazer o plano seguem na empresa. O que houve foi esse percalço dos dividendos não pagos agora, mas que estão numa conta que é de dividendos. Perfeitamente contornável esse ruído."
Prates vai se reunir nesta segunda-feira com Lula em Brasília, mas destacou que a reunião já estava programada.
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