Preço dos alimentos deve desacelerar em 2025 com clima favorável e oferta ampliada
Safra recorde e impacto das tarifas de Trump podem ajudar na queda dos custos para o consumidor brasileiro
247 - O preço dos alimentos deve sofrer menor pressão inflacionária em 2025, segundo projeções econômicas. A expectativa é que a inflação do setor fique em torno de 6%, impulsionada pela melhoria das condições climáticas e pelo aumento da produção agrícola. O Ministério da Fazenda através da Secretaria de Política Econômica (SPE) aponta um arrefecimento nos preços das carnes e alimentos in natura, o que pode aliviar os custos para os consumidores. O Correio Braziliense destaca que fatores como uma safra recorde e menor impacto de eventos climáticos extremos devem contribuir para essa tendência.
A política tarifária de Donald Trump também pode influenciar o mercado brasileiro. Caso os EUA aumentem tarifas sobre produtos exportados pelo Brasil, como soja e carne bovina, parte dessa produção pode ser redirecionada ao mercado interno, ampliando a oferta e reduzindo preços. O economista Otto Nogami explica que a maior oferta interna poderia impactar diretamente a alimentação dos brasileiros, especialmente em itens essenciais como ração animal, carne suína e frango.
Mesmo com previsão de melhora, a inflação dos alimentos continua sendo uma preocupação do governo. Em 2024, a desvalorização cambial e a alta das exportações impulsionaram o preço das carnes, resultando em um aumento de 19% no IPCA. A Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia) aponta que os custos industriais subiram 9,3%, pressionando os preços dos alimentos processados. Para 2025, a expectativa é de que uma safra robusta e um câmbio mais estável aliviem essas pressões.
O governo busca alternativas para conter a inflação alimentar, incluindo reuniões com atacadistas para discutir soluções. Medidas como subsídios e estoques reguladores são debatidas, mas especialistas alertam para os riscos dessas intervenções. Nogami enfatiza que interferências excessivas podem desestimular a produção e elevar os custos a longo prazo. Apesar dos desafios, a tendência é de que os preços apresentem maior estabilidade em 2025, trazendo algum alívio para os consumidores.
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