Preços do petróleo registram queda após Trump citar Zelensky e Putin para discutir o fim da guerra na Ucrânia

247 - Os preços do petróleo Brent caíram 2,36%, para US$ 75,18 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres. Os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para março recuaram 2,65%, para US$ 71,37 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). O movimento ocorreu em um contexto de negociações para o fim da guerra na Ucrânia, mediadas pelos Estados Unidos, que apoiam os ucranianos. Em tese, o fim do conflito ou uma “solução parcial” com esse objetivo teria como uma das consequências o alívio das sanções aplicadas pelos EUA contra a Rússia, o que aumentaria a oferta de petróleo no mercado e reduziria os preços.

O presidente norte-americano, Donald Trump, teve uma conversa com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e disse que teria um diálogo com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. A última vez que o líder russo falou com um chefe da Casa Branca (EUA) em exercício foi em fevereiro de 2022, em uma ligação telefônica com Joe Biden (Partido Democrata).

A cotação do Brent é referência para os mercados europeu e asiático, enquanto o WTI serve como referência para o mercado norte-americano.

O cenário global teve forte influência na queda dos preços do petróleo. O governo russo se opõe à entrada da Ucrânia na Otan – Organização do Tratado do Atlântico Norte, liderada pelos EUA.

O presidente americano se pronunciou. “Concordamos em fazer com que nossas respectivas equipes iniciem negociações imediatamente. Começaremos ligando para o presidente Zelensky, da Ucrânia, para informá-lo da conversa”, disse Trump em um publicação em sua plataforma de mídia social Truth.

Porta-voz do Kremlin, sede do governo russo, Dmitry Peskov afirmou que Putin e Trump discutiram o Oriente Médio, relações bilaterais, a Ucrânia e uma troca de prisioneiros entre Washington e Moscou. Foi o que apontou a agência de notícias estatal TASS. O presidente russo teria convidado Trump para visitar a capital russa.

A Rússia lançou a “Operação Militar Especial” na Ucrânia em fevereiro de 2022. As autoridades russas afirmam que a ofensiva tem como objetivo proteger a população russa, que estaria sendo submetida a genocídio pelo regime de Kiev. Moscou declara que é necessário remover forças militares e elementos neonazistas da Ucrânia para alcançar esses objetivos.

As autoridades ucranianas negam qualquer associação ao nazismo, afirmando que a política do país é completamente livre de fascismo. Kiev argumenta que a invasão russa é uma guerra de agressão e expansão imperialista.

A Rússia anexou quatro regiões ucranianas parcialmente ocupadas em outubro de 2022. Em agosto de 2024, a Ucrânia invadiu território russo e iniciou uma ocupação limitada. Diversos países, especialmente membros da Otan, forneceram assistência militar e financeira à Ucrânia e impuseram sanções contra a Rússia. Irã e Coreia do Norte auxiliaram as Forças Armadas russas em diferentes níveis.