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    Presidente da Petrobrás, José Mauro Coelho não resiste à pressão e renuncia

    José Mauro Coelho foi transformado por Bolsonaro e aliados em bode expiatório. O governo federal o culpa pela alta dos combustíveis, se eximindo de sua responsabilidade

    José Mauro Ferreira Coelho (Foto: André Ribeiro/Agência Petrobrás)

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    247 - A Petrobrás anunciou na manhã desta segunda-feira (20) a renúncia de seu presidente, José Mauro Coelho. "A Petrobrás informa que o senhor José Mauro Coelho pediu demissão do cargo de presidente da empresa na manhã de hoje. A nomeação de um presidente interino será examinada pelo conselho de adminstração da Petrobrás a partir de agora. Fatos relevantes serão prontamente comunicados ao mercado", diz nota da empresa.

    Jair Bolsonaro (PL) e aliados, incluindo o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), intensificaram a pressão sobre Coelho neste final de semana, como forma de forçar sua renúncia. Na sexta-feira, sob o comando de Bolsonaro, a Petrobrás anunciou um novo reajuste nos combustíveis: de 14,26% para o diesel e de 5,18% para a gasolina.

    O governo federal tenta estabelecer um maniqueísmo com a Petrobrás, jogando para a petrolífera toda a responsabilidade pela alta dos combustíveis no Brasil. O governo federal é, todavia, o acionista majoritário da empresa e cabe a ele nomear seu presidente e metade dos conselheiros, responsáveis por definir a política de preços da Petrobrás. 

    Revogando o Preço de Paridade de Importação (PPI), que dolariza os combustíveis no Brasil, o preço voltaria à normalidade no país. Bolsonaro, entretanto, não tem coragem para contrariar o mercado financeiro e a mídia corporativa, que estão à serviço dos acionistas minoritários da Petrobrás para sugar a renda dos brasileiros.

    Em 24 de maio, Bolsonaro já havia indicado um novo presidente para a companhia: Caio Mário Paes de Andrade, que foi secretário de Desburocratização do Ministério da Economia. Coelho, no entanto, resistia à renúncia, aguardando uma assembleia extraordinária de acionistas, que não tinha data para ocorrer, para que fosse destituído do cargo. 

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