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    Presidente do Banco Central integra grupo de "ministros do Bolsonaro"

    Supostamente 'independente', Roberto Campos Neto está em grupo de WhatsApp do governo passado. Ele e Lula têm travado um embate sobre a taxa de juros no Brasil, a maior do planeta

    Jair Bolsonaro e Roberto Campos Neto (Foto: Marcos Corrêa/PR)

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    247 - O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, fazia pelo menos até 11 de janeiro de 2023 parte de um grupo de WhatsApp intitulado "Ministros Bolsonaro". O flagra foi feito pela fotojornalista da Folha de S. Paulo Gabriela Biló, que fotografou o celular de Campos Neto aberto justamente na conversa do grupo.

    Pela imagem, é possível ver que fazem parte do grupo Adolfo Sachsida, ex-ministros de Minas e Energia, Marcelo Queiroga, ex-ministro da Saúde, Paulo Guedes, ex-ministro da Economina, e "Anderson", que presume-se ser Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública preso pelo desenrolar das investigações sobre os atentados terroristas promovidos por bolsonaristas em Brasília no dia 8 de janeiro.

    Vale lembrar que desde 2021, durante o governo Jair Bolsonaro (PL), o Banco Central foi declarado independente do governo federal. Mas ao que parece, a independência de Roberto Campos Neto em relação a Bolsonaro - tão elogiada pelo mercado financeiro - é apenas fachada.

    O presidente Lula (PT) tem sido um crítico da independência do Banco Central e já disse que pretende revisitar o assunto no futuro. "Quero saber do que serviu a independência. Eu vou esperar esse cidadão (Campos Neto) terminar o mandato dele para a gente fazer uma avaliação do que significou o banco central independente", disse ele em entrevista à RedeTV.

    Lula tem se mostrado inconformado com a atual taxa de juros no país, mantida recentemente pelo Banco Central em 13,75% ao ano. Outro que verbalizou desagrado em relação aos juros no Brasil foi o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista à TV 247. "O Brasil está com taxa de inflação menor do que os Estados Unidos e a Europa, só que estamos com a maior taxa de juro real do planeta. Olha o paradoxo que estamos vivendo, uma situação completamente anômala, uma inflação comparativamente baixa e uma taxa de juro real fora de propósito para uma economia que já vem desacelerando". A taxa de juros no patamar que está compromete o crescimento do país, porque desacelera e esfria a economia.

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