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    Principal acionista da Americanas, que escondeu rombo bilionário, já disse que Brasil é país da impunidade e do coitadinho

    Investidor Beto Sicupira já reclamou de uma suposta "cultura" da "impunidade", mas gestão da Americanas é cheia de irregularidades

    Lojas Americanas e Beto Sicupira (Foto: Reuters | Reprodução)

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    247 - Acusado de ter cometido a maior fraude corporativa da história do país, Beto Sicupira, dono da gestora 3G e um dos homens mais ricos do Brasil, já reclamou da suposta "cultura" da "impunidade" no país. 

    A 3G, criada por Sicupira, Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles, é a maior acionista da Americanas, que identificou na última quarta-feira (30) um rombo de R$ 20 bilhões em seu balanço. 

    O BTG Pactual entrou na Justiça para tentar reverter a liminar que protege a Americanas do bloqueio de bens e recursos, disparando forte acusações contra o trio. Atualmente, a varejista possui dívida estimada em R$ 2,3 bilhões com o banco.

    Apesar das denúncias de irregularidades em sua gestão, Sicupira, há mais de um ano, reclamou dos problemas "culturais" do país, entre eles a impunidade aos que cometem crimes. 

    "Hoje estamos simplesmente vivendo o Brasil que eu sempre vivi. Trabalho há mais de 50 anos, e o Brasil é isso aí, não é diferente disso não. Brasil é o cara chegar, mudar a regra, chegar e tem inflação. Eu tive 72 por cento de inflação em um mês. O Brasil é isso aí. Se vocês estão achando que o Brasil é um negócio que vai virar Estados Unidos, vocês estão no lugar errado. Não vai virar Estados Unidos, porque o Brasil é o país do coitadinho, do direito sem obrigação e da impunidade. Isso é cultural", disse o investidor em uma palestra organizada pelo Infomoney. 

    Veja abaixo: 

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