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    Produção da indústria registra avanço de 5,8% em outubro de 2024, diz IBGE

    Setor registra crescimento de 3,0% nos últimos 12 meses e de 3,4% no acumulado do ano

    Luiz Inácio Lula da Silva e atividades na indústria (Foto: Ricardo Stuckert/PR | ABR)

    247 - A produção industrial no Brasil apresentou crescimento de 5,8% em outubro de 2024, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Os dados divulgados nesta sexta-feira (13) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) por meio da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional, mostram que 16 dos 18 locais pesquisados tiveram alta, destacando o desempenho positivo de estados como São Paulo (2,0%), Pará (7,0%) e Mato Grosso (4,6%). A indústria brasileira, que está 2,6% acima de seu nível pré-pandemia, continua apresentando crescimento robusto, apesar de um recuo de 0,2% em relação a setembro de 2024. 

    A pesquisa também mostra um avanço consistente da indústria, com crescimento de 3,0% nos últimos 12 meses e 3,4% no acumulado do ano. O Banco Central também aponta uma alta de 3,7% na atividade econômica em 2024, o que alinha as expectativas do governo para o ano.

    São Paulo, maior parque industrial do país, foi o principal responsável pelo bom desempenho da indústria nacional, com um aumento de 2,0% na comparação entre setembro e outubro. Esse crescimento reflete a força dos setores de veículos automotores, produtos químicos e máquinas, aparelhos e materiais elétricos. Apesar disso, o estado ainda está 19,5% abaixo do seu nível mais alto, registrado em março de 2011.

    Entre os destaques positivos, o Pará se destacou com um expressivo avanço de 7,0%, impulsionado pelo setor extrativo, que responde pela maior parte da atividade industrial do estado. Esse crescimento veio após três meses de queda acentuada, quando a indústria paraense perdeu 7,5%. Outros estados, como Paraná, Ceará e Mato Grosso, também mostraram taxas de crescimento robustas, superiores à média nacional.

    Porém, as altas taxas de juros e a inflação continuam sendo obstáculos para o setor. O recuo de 0,2% em relação ao mês anterior foi influenciado pela desaceleração da atividade industrial em estados como Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. O estado fluminense, por exemplo, registrou uma queda de 1,3% em outubro, principalmente devido ao desempenho negativo nos setores extrativos e de máquinas e equipamentos.

    A situação reflete uma combinação de fatores macroeconômicos. De um lado, o aquecimento do mercado de trabalho e a redução do desemprego impulsionam o consumo das famílias e a produção industrial. Por outro lado, a taxa de juros elevada encarece o crédito, limitando o consumo e o investimento em setores produtivos. Além disso, a inflação continua a reduzir o poder de compra, impactando a demanda e o ritmo de produção.

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