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    Produção de carros pode parar no Brasil por falta de insumos, aponta Anfavea

    Caos econômico se aprofunda no Brasil em meio ao governo de Jair Bolsonaro. Segundo a Anfavea, paralisações pontuais já estão ocorrendo na indústria automobilística brasileira e o risco de paralisação para dezembro é "muito alto devido à falta de insumos"

    (Foto: REUTERS/Nacho Doce)

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    Sputnik Brasil - A produção de veículos no Brasil corre risco de ser interrompida por falta de insumos na indústria, segundo afirmou, em entrevista, Luiz Carlos Moraes, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

    Conforme publicou nesta segunda-feira (7) o jornal Folha de S.Paulo, Moraes apontou ainda em novembro que "o risco de paralisação para dezembro é muito alto devido à falta de insumos".

    O executivo da Anfavea ressalta principalmente a falta de aço como problema para a produção e afirma que paralisações pontuais já estão ocorrendo na indústria automobilística brasileira, sendo que há risco de que faltem automóveis no mercado. O estoque de veículos segue muito baixo, o mais baixo desde 2004, segundo o jornal – 119,4 mil veículos nos pátios.

    A possível paralisação na produção já era apontada em novembro pela associação. Em comunicado publicado naquele mês, o presidente da organização citou "o risco de paralisação por falta de autopeças e a pressão de custos ligados ao câmbio e insumos".

    Segundo os dados divulgados pela Anfavea nesta segunda-feira (7), a queda acumulada na produção em 2020 chega a 35%. Já em relação às vendas, o ano acumula queda de 28,2%.

    Apesar disso, em novembro houve alta de 4,7% na produção de carros de passeios, veículos comerciais leves, ônibus e caminhões. A mesma taxa de crescimento foi observada nas vendas de veículos.

    Entre as dificuldades da indústria apontadas pela publicação estão a alta nos preços, justificada pelo presidente da Anfavea, entre outros fatores, pela variação cambial e reajustes de insumos. No caso do aço, a alta nos preços acumula alta de 40% no ano. Os problemas já se refletem em demissões na indústria.

    Para 2021, a previsão da indústria é de que o ano seja mais equilibrado, apesar de que as variações nos números da pandemia da COVID-19 têm dificultado as projeções do setor.

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