TV 247 logo
    HOME > Economia

    Professora de economia lança carta aberta a Moro e o chama para debate sobre quebra da economia brasileira

    A professora de Economia da UFRJ Maura Montella desafiou para um debate o ex-juiz Sérgio Moro, condenado pelo STF por conta da parcialidade contra Lula. A estudiosa sugeriu como tema a quebra da economia brasileira pela Lava Jato. Também propôs a discussão sobre o 'lawfare' praticado contra o ex-presidente. Veja o convite

    Sérgio Moro e a economista Maura Montella (Foto: Adriano Machado/Reuters I Reprodução/Twitter)

    ✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.

    247 - A professora de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Maura Montella publicou nesta quarta-feira (3) no Twitter uma carta aberta a Sérgio Moro desafiando o ex-juiz para um debate sobre a quebra da economia brasileira nos últimos anos. A Lava Jato destruiu 4,4 milhões de empregos, de acordo com estudo, publicado em março, feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) a pedido da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

    "Como cidadã comum e eleitora, venho lhe fazer um convite: me chame para um debate; uma conversa, que seja! Sou professora de Economia e gostaria de saber quais são seus planos nessa área", disse. "Porque quebrar a Petrobras e as empreiteiras e jogar mais de 15 milhões de brasileiros na vala do desemprego, o senhor soube fazer. Quero ver, caso eleito, como o senhor procederia para conseguir o efeito contrário", complementou.

    A estudiosa também citou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - Moro foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por causa da parcialidade contra o petista (veja aqui e aqui).

    "Ah, escrevi vários livros didáticos de Economia, ensinando desde o bê-á-bá até os modelos econômicos mais complexos, mas sei que o senhor não gosta de ler... Mesmo porque, se gostasse, lhe enviaria o meu mais recente livro, 'Era só para envolver o Lula na Zelotes'", continuou Maura. "Para podermos discutir o lawfare praticado e disseminado pelo senhor e pela Lava Jato, em pé de igualdade".

    No segundo semestre do ano passado, Moro foi contratado pela consultoria norte-americana Alvarez & Marsal, responsável por administrar judicialmente a Odebrecht, que entrou em recuperação judicial após investigações da Lava Jato. O contrato dele foi encerrado no último final de semana por causa da possível candidatura do ex-juiz nas eleições de 2022 - o cargo em disputa ainda será decidido por ele.

    Segundo mensagens divulgadas pelo site Intercept Brasil, a partir de junho de 2019, Moro era um assistente de acusação e interferiu na elaboração de denúncias do Ministério Público Federal (MPF-PR) durante a Lava Jato. 

    No caso de Lula, por exemplo, uma das mensagens, trocadas em 16 de fevereiro de 2016, o então magistrado perguntou se os procuradores tinham uma "denúncia sólida o suficiente" contra o petista.

    Outra conversa, de 28 de abril de 2016, o procurador Deltan Dalla­gnol, chefe da força-tarefa em Curitiba, avisou à procuradora Laura Tessler que Moro o havia alertado sobre a falta de uma informação na denúncia de um réu — Zwi Skornicki, representante da Keppel Fels, estaleiro que tinha contratos com a Petrobrás.

     

     

     

    Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

    iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

    Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: