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    Simone Tebet: "vou estar na campanha do Lula onde a campanha precisar"

    A participação de Tebet em um eventual governo de Lula ficou no ar

    Simone Tebet e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert)
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    BRASÍLIA (Reuters) - A senadora pelo Mato Grosso do Sul e ex-presidenciável Simone Tebet (MDB) declarou não apenas seu voto nesta sexta-feira ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como também seu "total" apoio e a disposição de "cumprir missões" que forem dadas, podendo até mesmo incluir uma interlocução com o setor agropecuário.

    Ao lado de Lula, Tebet reconheceu que ambos têm diferenças, mas ponderou que também há pontos em comum, ao mesmo tempo em que relatou ter entregado à equipe do petista suas propostas, que foram assimiladas, garantiram os dois.

    "Vou estar na campanha do Lula onde a campanha precisar", disse a senadora a jornalistas, acrescentando estar pronta para "desmistificar" a tese de que produção agropecuária e proteção ambiental se opõe.

    "Então hoje eu estou aqui muito feliz pra dizer que o presidente Lula, a sua equipe econômica de assessores acaba de receber e incorporar todas as sugestões que fizemos do nosso programa de governo ao seu programa de governo", afirmou.

    A ex-candidata, que apesar de resistências dentro de seu partido e do caráter plebiscitário das eleições de 2022 recebeu 4,9 milhões de votos, o equivalente a 4,16% dos votos válidos, disse entender o posicionamento contrário do PT contra o teto de gastos, mas defendeu que haja algum tipo de "âncora" fiscal.

    "Claro que eu estou disposta a ajudar, estive falando com Aloizio Mercadante. Entendo a posição do PT, que é contra o teto de gastos, mas também entendemos que é preciso alguma âncora fiscal mínima até para que o orçamento público, hoje privado e no bolso de meia dúzia, possa voltar para o Executivo", explicou.

    Questionado na mesma coletiva sobre o teto, Lula argumentou que seu governo adotou medidas de responsabilidade fiscal, mesmo aquelas a que se opunha antes de assumir o primeiro mandato, e garantiu que terá a mesma postura. Disse ainda que é preciso definir o que é gasto e o que é investimento do Estado.

    Lula agradeceu o gesto de Tebet e a convidou para a ajudar a colocar suas as sugestões em prática. Tebet, por sua vez, disse que trabalhará onde ela for "útil".

    "Eu quero agradecer o teu apoio, a tua generosidade de tomar essa decisão, e quero te dizer que a proposta que você apresentou à minha proposta de plano de governo é totalmente, totalmente assimilável. E pode ficar certa que nós vamos colocar em prática, e eu espero que você esteja junto para ajudar a executar cada uma dessas coisas que você propõe", disse o presidente.

    A participação de Tebet em um eventual governo de Lula ficou no ar, sem resposta, uma vez que o petista afirmou que não teria como definir equipe sem antes ganhar as eleições. Adiantou, no entanto, que não tem a intenção de fazer um governo de apenas um partido, mas a partir das diversas contribuições programáticas que vem recebendo ao longo da campanha.

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