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Tebet: Banco Central não pode ver Selic a 9% como limite para o ciclo de corte de juros

“Não pode ser o piso”, afirma a ministra do Planejamento. “À medida que a inflação está menor do que estava no passado, é óbvio que dá [para diminuir mais a taxa]”

Simone Tebet (Foto: Washington Costa/MPO)

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247 - A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), em entrevista à CNN Brasil, afirmou que o Banco Central não pode considerar uma taxa Selic de 9% ao ano como o limite para o atual ciclo de corte de juros. Tebet ressaltou que "não pode ser o piso", ao ser questionada se vê 9% como o mínimo a que o BC conseguiria chegar em 2024.

Os comentários da ministra surgem em meio à expectativa do mercado em relação à política monetária, após o Banco Central cortar a taxa básica de juros pela sexta vez consecutiva em março, reduzindo-a para 10,75%. No entanto, o Comitê de Política Monetária (Copom) indicou um ritmo de queda menor, sugerindo mais claramente apenas mais um corte de 0,5 ponto percentual. Embora o mercado trabalhe com a possibilidade de novos cortes de 0,25 ponto percentual a partir de junho e um piso em torno de 9% para a Selic em 2024, Tebet argumenta que há espaço para mais reduções. "À medida que a inflação está menor do que estava no passado, é óbvio que dá, sob pena de continuarmos tendo os maiores juros reais do mundo", destacou.

A ministra enfatizou o compromisso do governo com a sustentabilidade das contas públicas e a segurança jurídica, fatores que, segundo ela, fornecem suporte para as futuras decisões do Banco Central. Ela também expressou otimismo quanto ao cumprimento da meta de déficit fiscal zero em 2024, afirmando que o governo está focado em revisar gastos e evitar novas despesas.

No que diz respeito à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), Tebet não confirmou a meta de 0,5% de superávit para 2025, indicando que o governo irá analisar diferentes propostas em conjunto com a equipe econômica antes de apresentar o projeto ao Congresso Nacional até 15 de abril. O governo havia delineado um ajuste gradual das contas públicas, com déficit de 0,5% em 2023, zero em 2024, superávit de 0,5% em 2025 e de 1% em 2026, como parte do novo arcabouço fiscal.

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