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    Vale enfrenta ação de US$ 3,8 bi em processo holandês sobre desastre de Mariana

    Indenização é solicitada em nome de quase 1.000 empresas e mais de 77.000 indivíduos atingidos pelo desastre, em uma ação holandesa movida pela Stichting Ações do Rio Doce

    Logo da Vale no Rio de Janeiro 07/08/2017 REUTERS/Ricardo Moraes (Foto: REUTERS/Ricardo Moraes)

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    Reuters - As vítimas do rompimento da barragem de Mariana (MG), em 2015, estão buscando cerca de 3 bilhões de libras esterlinas (3,8 bilhões de dólares) em compensação das empresas de mineração Vale e Samarco, em uma nova ação judicial lançada na Holanda, disseram seus advogados na terça-feira.

    A indenização é solicitada em nome de quase 1.000 empresas e mais de 77.000 indivíduos atingidos pelo desastre, em uma ação holandesa movida pela Stichting Ações do Rio Doce, uma fundação holandesa sem fins lucrativos.

    O processo foi apresentado na Holanda pela empresa holandesa Lemstra Van der Korst e pela empresa britânica Pogust Goodhead, que anteriormente apresentou um processo semelhante na Grã-Bretanha contra a empresa de mineração australiana BHP.

    A Vale, que é proprietária da Samarco em conjunto com a BHP, não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

    O rompimento da barragem na cidade de Mariana causou um gigantesco deslizamento de lama que matou 19 pessoas e poluiu o Rio Doce, comprometendo o curso d'água até sua foz no Oceano Atlântico.

    Um juiz federal brasileiro de primeira instância determinou este ano que a Vale, a BHP e sua joint venture Samarco devem pagar 47,6 bilhões de reais em indenizações pelo rompimento da barragem.

    Essa decisão não se aplica a vítimas individuais, disse Pogust Goodhead em janeiro.

    O processo foi aberto na Holanda contra a Vale e a Samarco Iron Ore Europe BV, subsidiária holandesa da Samarco.

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