“Animais são vistos como membros da família e os tutores priorizam esse cuidado”, diz empreendedora
Até mesmo o código civil brasileiro passou por uma atualização este ano e os animais não são mais considerados coisas ou bens e sim seres vivos sencientes
Beatriz Bevilaqua, 247 - O Brasil é o terceiro maior mercado de produtos e serviços para animais de estimação no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da China. Além disso, estima-se que mais de 50% das famílias brasileiras tenham pelo menos um animal de estimação, o que contribui para o crescimento contínuo deste mercado.
No episódio desta semana no “Empreender Brasil”, na TV 247, a entrevistada é uma mineira que há 20 anos atua no setor público, mas resolveu apostar todas as suas reservas em um pequeno negócio. Daniela Magalhães, 40 anos, sempre foi apaixonada pelos bichos e quando sua cadela começou a ter problemas gastrointestinais e alérgicos, ela começou a preparar as refeições em casa e retirar completamente a ração do dia a dia. Encantada com os resultados, fundou a Pata Rara, empresa de alimentação 100% natural para pets.
A empreendedora explica que a nova geração de tutores valoriza seus animais de maneira muito mais especial do que há algumas décadas. “Hoje as pessoas veem os seus bichinhos como membros da família e devido o maior distanciamento social desde a pandemia, somado a queda da natalidade, vemos mais a presença deles nos lares brasileiros. Inclusive o nosso código civil foi atualizado este ano e hoje os animais não são mais considerados como coisas ou bens e sim seres vivos sencientes, ou seja que eles são capazes de sentir emoções ”, explica Daniela.
Além disso, o desejo dos tutores pela qualidade de vida e longevidade de seus animais fez surgir interesse pela alimentação natural. “Se você ler o rótulo verá a quantidade de substâncias que se colocam para manter a ração pelo maior tempo possível de prateleira. Um dos desafios é educar o mercado sobre os benefícios de uma alimentação desprovida de tantos conservantes”, disse a empreendedora.
Durante a entrevista, Daniela também contou que juntou dinheiro por dois anos para começar a empreender. O investimento foi maior em maquinário com forno combinado a vapor, pois cada legume e proteína vai para um compartimento específico, o que evita contaminação cruzada. “Foi um investimento bem alto de toda a minha reserva, mas foi feito apostando num mercado que só cresce e que me dá muito propósito, afinal vejo os efeitos da melhora na saúde de tantos animais”, afirmou.
A transição de um emprego estável para o empreendedorismo não tem sido fácil e ela traz várias dicas para quem deseja abrir um pequeno negócio pela primeira vez. “O empresário tem uma empresa, o empreendedor tem um sonho. Eu estava num lugar de segurança e conforto, mas sentia o desejo de fazer a diferença na vida dos animais e tutores. Além disso, sou cercada de mulheres empreendedoras que me inspiram diariamente a lidar com cada dificuldade e isso faz toda a diferença.”, disse.
Assista na íntegra aqui:
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