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      Atriz cria curso de palhaçaria para o grande público

      Na palhaçaria terapêutica, os recursos do palhaço são usados para promover uma conexão consigo mesmo

      Renata Rukmini é palhaça há 25 anos e facilitadora de palhaçaria terapêutica há 13 (Foto: Divulgação )
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      Beatriz Bevilaqua, 247 - A palhaçaria vai muito além do riso e da comédia. Quando associada à arteterapia, torna-se uma poderosa ferramenta de expressão emocional, permitindo que as pessoas ressignifiquem memórias e conflitos internos de maneira simbólica e criativa.

      Renata Rukmini, palhaça há 25 anos e facilitadora de palhaçaria terapêutica há 13, tem se dedicado a explorar essa conexão entre arte e autoconhecimento. Formada em Artes Cênicas pela USP e com mestrado em Artes da Cena pela Unicamp, ela desenvolveu o método Florescer do Clown, que utiliza a palhaçaria como um processo de transformação pessoal.

      Em 2024, lançou a Jornada “Palhaçaria na Vida”, um curso que vai além da técnica teatral. "Mais do que ensinar a ser palhaço, eu quero ajudar as pessoas a viverem de maneira mais autêntica e espontânea", explica Renata. O programa inclui aulas online, vivências presenciais, retiros imersivos, sessões individuais e mentorias, atendendo tanto artistas quanto qualquer pessoa interessada no desenvolvimento pessoal.

      Renata conta que sua trajetória na palhaçaria começou como um reencontro consigo mesma. "Quando entrei na USP, eu estava realizando um sonho, mas também me sentia insegura. O ambiente competitivo e a autocrítica me faziam questionar se eu era boa o suficiente. Foi então que, ao fazer um curso de palhaçaria fora da faculdade, algo mudou. Eu percebi que a palhaçaria me permitia abraçar minhas imperfeições. Ao invés de me sentir inadequada, passei a me divertir com meus erros e a enxergar neles um caminho de expressão autêntica”, disse Renata.

      A Palhaçaria Terapêutica e seu Impacto

      Na palhaçaria terapêutica, os recursos do palhaço são usados para promover uma conexão consigo mesmo. Muitas pessoas enfrentam dificuldades de expressão ou bloqueios emocionais, e a prática oferece um caminho de expressão e autenticidade. “O trabalho do clown permite que elas se libertem e se aceitem”, enfatizou.

      No entanto, empreender neste campo exige muita resiliência pois ainda há bastante preconceito sobre o que significa, de fato, ser palhaço. Algumas pessoas associam isso a algo bobo ou pejorativo. “Meu desafio tem sido comunicar que a palhaçaria terapêutica é o oposto disso: é um caminho de autenticidade, de tirar as máscaras sociais para revelar quem realmente somos. Levei anos para encontrar a melhor forma de explicar isso ao público”.

      A principal estratégia de Renata para expandir seu trabalho tem sido o boca a boca e o uso das redes sociais. “Quando alguém faz o curso e sente os efeitos transformadores, naturalmente compartilha com outras pessoas. Também fazemos anúncios e divulgações online. Foi assim que muita gente encontrou meus retiros e vivências. Recentemente, realizamos um retiro no Carnaval, e os participantes me contaram sobre mudanças que já estão aplicando em suas vidas. Isso me motiva a continuar mesmo com os desafios permanentes”, explica.

      A Jornada “Palhaçaria na Vida” segue aberta para novos participantes, com novas turmas e encontros presenciais programados ao longo do ano. "Meu grande objetivo é ajudar as pessoas a descobrirem a beleza na vulnerabilidade, a encontrarem leveza em meio aos desafios e se permitirem ser quem realmente são”.

      Assista a conversa na íntegra:

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