Conseguir investimentos e capital é o maior desafio das startups de impacto
Investidora de negócios de impacto Monique Evelle faz recomendações aos empreendedores que desejam alavancar os seus negócios
Cibele Maciel, Agência Sebrae - Acessar investimentos e capital é considerado o maior desafio enfrentado pelas startups de impacto. É o que aponta o relatório produzido pelo Observatório Sebrae Startups – Startups de Impacto Report Brasil 2024. Com poucos recursos e dificuldade de financiamento público e privado, grande parte das empresas buscam suporte para acessar financiamento e investidores (36,03%) como meio de alavancar seus negócios.
Por outro lado, as startups brasileiras com soluções alinhadas às boas práticas ESG (Ambiental, Social e Governança) têm atraído cada vez mais a atenção do mercado de venture capital, ou capital de risco. A empreendedora, investidora e jurada do Shark Tank Brasil Monique Evelle é uma das que acredita no potencial dos negócios de impacto, especialmente os que integram práticas de ESG.
Recentemente, ela fez um aporte de R$ 800 mil na startup Gamezônia durante a 9ª temporada do Shark Tank Brasil. O negócio foi pré-acelerado como uma ideia inovadora dentro do programa Inova Amazônia, do Sebrae, e se tornou uma game 3D de impacto ambiental que simula uma experiência imersiva na Amazônia, a partir da perspectiva dos povos e comunidades tradicionais da região. "Tenho buscado investir em empresas que desenvolvam soluções capazes de mitigar os riscos apontados anualmente pelo Fórum Econômico Mundial. No último relatório, por exemplo, os maiores riscos são eventos climáticos extremos, perda da biodiversidade e escassez de recursos naturais", afirma.
Ela explica que suas motivações para investir em negócios de impacto vão além de uma decisão financeira. “É um compromisso com a criação de soluções sustentáveis e inovadoras que respondem a problemas reais e imediatos”, enfatiza.
Como mentora de negócios, Monique recomenda que empreendedores que já estão no segmento de impacto, mas ainda buscam escalar seus negócios, concentrem-se na validação contínua do modelo de negócios e na formação de uma comunidade engajada. "Startups focadas em ESG tendem a ser mais ágeis e a atrair um público interno e externo diverso, o que aumenta tanto o impacto quanto o potencial de crescimento", afirma.
Ela também orienta os empreendedores a cultivarem redes de apoio, como incubadoras e aceleradoras, e a buscarem investidores que compartilhem os mesmos valores de impacto social e ambiental.
“Além disso, é essencial que o negócio esteja estruturado com um plano estratégico para o uso de capital, mantendo a transparência com investidores. Assim, a empresa não só preserva sua visão de impacto, mas também constrói um caminho mais sólido para o crescimento”, complementa.
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