Da sala de Aula à cozinha artesanal, professora se reinventa como empreendedora
Juliana Vitorino, premiada empreendedora, agora compartilha suas experiências ensinando empreendedorismo a detentos do sistema prisional
Beatriz Bevilaqua, 247 - A gastronomia se tornou um campo fértil para quem busca transformar paixão em negócio, e Juliana Vitorino é um exemplo vivo disso. Aos 43 anos, ela trocou a sala de aula pela cozinha artesanal, onde sua criatividade é o único limite. Sem seguir receitas prontas, Juliana já conquistou diversos prêmios e, hoje, além de empreender, compartilha seus conhecimentos sobre empreendedorismo com detentos no sistema prisional. Neste episódio do “Empreender Brasil”, na TV 247, ela revela como sua trajetória se mistura entre a culinária e a educação.
A paulistana nunca se conformou com as limitações impostas a ela. "Eu sou uma pessoa insatisfeita com o mundo. Por que eu não podia estudar na Avenida Paulista quando morava em São Paulo? Só porque era da periferia? Nós não precisamos ter limites", afirma com convicção. Esse espírito de resiliência foi o que a guiou em sua trajetória. Ela enfrentou a transição de carreira e, ao mesmo tempo, cuidou de suas filhas, sempre com a mente voltada para novas oportunidades.
Em 2012, atuando como professora em redes de ensino público, enfrentou um problema de saúde grave que a afastou da sala de aula. Nesse momento, ela recorreu a uma habilidade que herdou de sua mãe: a culinária. "Comecei a fazer bombons, brigadeiros, pão de mel e fui vendendo para as pessoas que eu conhecia, nas lojas do bairro, para a vizinhança onde morava. A coisa foi crescendo, e logo comecei a levar meus doces para os professores das escolas ao redor. A aceitação foi tão grande que, em três meses, já estava faturando o dobro do meu salário de professora", relembra com um sorriso. Em pouco tempo, seu talento foi reconhecido além das fronteiras de seu bairro, sendo solicitado para casamentos e grandes eventos de várias regiões do país.
A veia empreendedora está na família e a paulistana soube recuperar os conhecimentos adquiridos na juventude. Sua maior referência foi a própria mãe, uma cabeleireira que, além de criar seis filhos, ainda dividia seu tempo entre o salão de beleza e um bar, onde conquistou uma clientela fiel com a famosa canja da madrugada. Foi nesse ambiente dinâmico que Juliana aprendeu, desde os 9 ou 10 anos, a importância da dedicação ao trabalho e a busca pela inovação.
“Minha mãe sempre buscava novidades, e eu, curiosa, acabava aprendendo tudo sobre o mercado de produtos de salão de beleza", conta. Com apenas 10 ou 12 anos, Juliana já estava indo atrás de cursos e pesquisa de novos produtos para o salão, influenciada pela mãe. “Eu ia nos distribuidores de produtos de cabelo e pesquisava tudo. Quando descobria algo interessante, corria para mostrar à minha mãe. Dizia: ‘Mãe, tem isso, o que você acha? Compra para testar’. Ela confiava no meu instinto e me deixava testar muitas coisas, até no meu próprio cabelo", relembra com bom humor.
As habilidades aprendidas quando criança foram fundamentais para mais tarde ela poder se reinventar diante de um cenário de crise. Hoje Juliana, tem uma cozinha artesanal em Londrina, no Paraná, faz consultorias e é reconhecida como uma das maiores especialistas em cozinha artesanal no país. Conheça a história completa desta empreendedora de sucesso aqui:
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