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    Economia compartilhada traz novas formas de acessar e usar bens

    Prática tem ganhado destaque no mercado por facilitar o acesso a diferentes tipos de bens e deve movimentar US$794bi até 2031

    Carros novos (Foto: Reprodução/TV Globo)

    247 - A economia compartilhada, que consiste na troca ou uso mútuo de bens e serviços por indivíduos, deve movimentar US$794 bilhões até 2031, segundo um levantamento da Statista, um crescimento estimado em 32% ao ano. No Brasil, uma pesquisa nacional promovida pela Confederação de Dirigentes Lojistas (CNDL/SPC), aponta que 74% das pessoas já utilizaram algum produto ou serviço por meio do consumo colaborativo. 

    Segundo a PwC, 86% dos consumidores apontam que a prática oferece uma economia significativa ao reduzir custos de compra e facilita o acesso a diferentes tipos de bens. Aproveitando esta tendência, nos últimos anos diversas startups ganharam destaque no mercado trazendo opções de aluguel, que vão desde moradia, automóveis, eletrônicos, como também, de serviços de acesso ao crédito. 

    Carsharing 

    Um dos maiores exemplos de economia compartilhada, os aluguéis de carros crescem 14,3% ao ano, segundo uma projeção do BTG, que aponta que o Carsharing deve chegar a 402 mil veículos no Brasil até 2032. No mercado há seis anos, a Turbi, locadora de veículos 100% digital, possui mais de 5 mil veículos na frota e oferece aluguel e assinaturas a partir de uma hora e um mês, respectivamente. “No último ano, nós dobramos a nossa frota e posicionamos nossos carros em cerca de 400 estacionamentos parceiros em toda a Grande São Paulo para que nossos clientes tenham um Turbi por perto sempre que precisarem. Tanto alugar quanto fazer uma assinatura têm se mostrado uma opção mais vantajosa do que uma compra de um carro zero quilômetro e nós seguiremos crescendo e acompanhando essa tendência”, explica o Chief Growth Officer da Turbi, Luiz Bonini.

    Acesso ao Crédito

    Já conhecidos pelo brasileiro há mais de 60 anos, os consórcios foram reinventados e simplificados com o apoio da tecnologia. A modalidade faz parte da economia compartilhada por organizar investidores em grupos de crédito. De acordo com a Associação Brasileira de Administradores de Consórcios, (ABAC), o modelo ultrapassou os 10,4 milhões de usuários no país, um crescimento de 10,2% no último ano. 

    No Klubi, única fintech autorizada pelo Banco Central a operar com consórcios no Brasil, esse modelo tem atraído os mais jovens: mais de 40% da base de clientes tem menos de 30 anos. “Ano após ano cresce o entendimento do potencial de investimento e planejamento financeiro que a modalidade oferece, principalmente para auxiliar o consumidor a adquirir um bem de alto valor. Além disso, os financiamentos estão se mostrando como uma alternativa cada vez menos acessível, chegando a cobrar juros acima de 3% ao mês, o que favorece a adesão a planos como o consórcio”, aponta o CEO do Klubi, Eduardo Rocha.

    Aluguel de eletrônicos

    Uma pesquisa de 2023 sobre hábitos de brasileiros em relação à locação de bens mostrou uma tendência de maior adesão à economia compartilhada. O levantamento foi realizado pela Casa do Construtor, em parceria com a AGP Pesquisas. Dos entrevistados, 24% têm disposição em alugar bens de consumo, enquanto 3% já o fazem. Do número, a maior parte de consumidores conscientes é da geração Z.

    “Ainda há passos a dar em relação ao tipo de consumo mais consciente, principalmente, com gerações mais antigas. Ainda assim, a economia compartilhada se mostra com uma tendência até em modelos de negócios, o que ajuda – e muito – a estabelecer uma nova cultura de consumo”, afirma Cadu Guerra, CEO da allu, maior startup de aluguel de eletrônicos da América Latina. A empresa oferece assinaturas de Iphones, Ipads, MacBooks, PS5, Xbox e, recentemente, máquinas de café NEO e computadores gamers da Acer. Um dos grandes diferenciais é que os preços são menos da metade do valor de compra dos produtos, o que também torna o consumo de eletrônicos de qualidade acessível. 

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