Empreendedor transforma loja física em e-commerce e fatura R$ 400 mil por mês

247 - Thiago Monteiro viu sua trajetória no comércio mudar completamente ao longo da última década. De uma distribuidora de cosméticos no litoral paulista, que operava de maneira tradicional, ele passou a comandar um e-commerce altamente automatizado. O salto ocorreu durante a pandemia, quando, diante da queda nas vendas presenciais, decidiu investir no digital. Em poucos meses, o que era um pequeno espaço improvisado em sua casa se tornou uma operação estruturada, capaz de gerar faturamento expressivo.

No início, a adaptação ao comércio eletrônico exigiu esforço. Sem experiência no setor digital, Thiago e sua esposa, Nathália, cadastravam manualmente os produtos em marketplaces como Mercado Livre e Shopee. O controle de estoque era complicado e a emissão de etiquetas e notas fiscais tomava um tempo valioso. A virada veio em 2022, quando o empresário investiu em tecnologia e adotou a plataforma Magis5, que automatiza a gestão de múltiplos marketplaces. “Com a ferramenta, pude anunciar meus produtos simultaneamente em várias plataformas, o que gerou um boom nas vendas”, explica. Além de facilitar a exposição dos itens, a tecnologia otimizou processos como faturamento, controle de pedidos e expedição. “Reduzimos até mesmo as falhas no envio, o que diminuiu nossos custos logísticos”, acrescenta.

A automação também impactou a equipe. Antes, eram necessários três funcionários para gerenciar pedidos e expedições; hoje, apenas um cuida dessas tarefas. O tempo gasto na administração da loja online caiu pela metade, permitindo que Thiago se concentrasse na expansão do negócio. Entre 2022 e 2024, seu faturamento saltou para R$ 400 mil mensais.

A experiência de Thiago reflete um cenário mais amplo do e-commerce brasileiro. Segundo a BigDataCorp, 45,79% das lojas virtuais no país são geridas por apenas uma pessoa e 40,47% contam com no máximo dez funcionários. Em 2024, o número de e-commerces cresceu 17,14%, chegando a 1,9 milhão de lojas. A tendência reforça a importância da tecnologia para que pequenos empreendedores consigam competir em um mercado cada vez mais dinâmico e exigente.