Empreendedora social fomenta encontro entre pessoas atípicas que vivem isoladas
À TV 247, Adriana Simonsen fala sobre "O Clube", espaço de convivência para adolescentes e jovens adultos com dificuldades em estabelecer vínculos sociais
Beatriz Bevilaqua, 247 - A conexão humana e a construção de vínculos são os maiores ingredientes para o bem-estar da nossa saúde mental. Nesta semana, no episódio do “Empreender Brasil”, entrevistamos Adriana Simonsen, psicóloga e empreendedora social que está à frente do “O Clube”, um espaço de convivência para pessoas que, devido a questões em seu desenvolvimento, possuem dificuldades em se relacionar e alcançar autonomias.
Adriana tem especialização em saúde mental e atuou no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS Itapeva) e também no Ministério da Saúde com formação e prevenção do uso de álcool e drogas. Hoje ela tem repertório para falar sobre saúde pública coletiva, trabalho e escuta de grupos, com temperos da psicanálise e da filosofia da diferença.
"No decorrer da faculdade, senti que havia pouca abertura para pensarmos de maneira mais criativa sobre a nossa área de atuação. Trabalhei bastante em instituições, com uma jornada de 40 horas semanais, garantindo segurança trabalhista em relação a férias e décimo terceiro. No entanto, ao engravidar, percebi que aquele ambiente não se encaixava no meu momento de vida; a rigidez de um vínculo tradicional, das 8h às 17h, não era mais viável para mim. Assim, comecei a buscar outros caminhos até chegar à liderança do Clube hoje."
O Clube é um espaço de convivência para adolescentes e jovens adultos que possuem dificuldades em estabelecer vínculos sociais e alcançar autonomias. Coordenado por psicólogos com formação em acompanhamento terapêutico, o espaço é de livre convivência buscando responder aos anseios dos participantes por meio de atividades em grupo e de circulação no espaço público que estimulam tanto o despertar de interesses pessoais quanto a criação de vínculos afetivos entre si e com a cidade tendo como um dos resultados a promoção de autonomia.
"Queremos fomentar o encontro entre pessoas atípicas que vivem isoladas, um sintoma marcante dos nossos tempos. Muitas enfrentam dificuldades de acesso à cultura e à convivência. Estou aprendendo a gerir o negócio na prática e ouvindo outros empreendedores sociais que passaram por esse processo de gestão, buscando adequar suas vidas a um novo modo de viver que também priorize o cuidado com a família", afirmou Adriana.
Assista à entrevista na íntegra:
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