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'Éramos mulheres sem experiência empreendedora e criamos um dos maiores laboratórios do Brasil', diz Janete Vaz, do Grupo Sabin

Rede celebrou 40 anos, operando em 78 cidades e 14 estados brasileiros, atendendo 7 milhões de clientes anualmente em 353 unidades de norte a sul do país

Janete Vaz, cofundadora do Grupo Sabin (Foto: Divulgação )

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Beatriz Bevilaqua, 247 - Até os anos 80, os laboratórios eram majoritariamente comandados por médicos. No episódio desta semana do "Empreender Brasil", da TV 247, entrevistamos Janete Vaz, de 70 anos, cofundadora do Grupo Sabin, uma das maiores redes laboratoriais do país. Com um portfólio que inclui análises clínicas, diagnósticos por imagem, anatomia patológica, genômica, imunização e check-ups, o Grupo Sabin se destaca no ecossistema de saúde brasileiro.

Formada em bioquímica, Janete abriu seu primeiro laboratório em 1984, ao lado de sua colega Sandra Soares Costa. Desde o início, a presença feminina no setor trouxe uma abordagem mais humanizada ao negócio. Este ano, a rede celebrou 40 anos de sucesso, operando em 78 cidades e 14 estados brasileiros, atendendo 7 milhões de clientes anualmente em 353 unidades de norte a sul do país.

“Éramos duas bioquímicas com um diploma na mão, sem qualquer experiência empreendedora e num mercado onde os grandes concorrentes eram homens médicos. Desafiamos as expectativas e conquistamos o nosso espaço”, destaca. O compromisso com a qualidade levou a busca por certificações que comprovassem as competências da equipe, fortalecendo a credibilidade do Grupo Sabin no mercado.

Janete revela que elas não entendiam de administração de empresas, tendo enfrentado muitos prejuízos devido à falta de experiência em gestão. Ela enfatiza a importância de ouvir a intuição e buscar aprimoramento contínuo. “O objetivo era entregar o melhor e encantar os clientes, sendo que o médico precisava de resultados assertivos, enquanto o paciente merecia um atendimento cuidadoso. Priorizamos os detalhes, como funcionar em horários em que quase nenhum laboratório estava aberto e oferecer música ao vivo na recepção, num ambiente que geralmente há muita tensão pré exame clínico”, disse.

Foi muito trabalho, coragem e desafios que ela e sua sócia enfrentaram. “Eu mesma era a responsável por abrir o laboratório entre os anos 1984 a 1999 e atendia os pacientes se faltasse a secretária ou o coletor. Eu só parava de trabalhar depois das 22h, quando tudo estava finalizado”, relembra Janete. A determinação e a resiliência foram essenciais para superar o preconceito por serem mulheres à frente de um laboratório clínico em Brasília.

Janete Vaz não apenas quebrou barreiras em um setor tradicionalmente masculino, mas também se tornou um exemplo de inovação e resiliência no empreendedorismo feminino. 

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