Mulheres empreendem mais por flexibilidade de tempo e independência financeira, aponta Serasa Experian
Estudo mostra que flexibilidade de horário supera busca por independência financeira como principal motivo para mulheres abrirem seus próprios negócios
247 - No mês da mulher, a Serasa Experian divulgou a segunda edição do levantamento sobre o perfil da empreendedora no Brasil, revelando as principais razões que levam mulheres a abrir seus próprios negócios. O estudo mostra mudanças nas motivações ao longo dos anos e destaca as diferenças de gênero no empreendedorismo. Segundo a pesquisa, 46% das entrevistadas afirmam que empreender lhes proporciona mais flexibilidade de tempo, enquanto 40% buscam independência financeira.
O levantamento comparou os dados atuais com os da primeira edição da pesquisa, realizada em 2022, evidenciando uma transformação no perfil da mulher empreendedora. Naquele ano, a busca por independência financeira era o principal motivo para abrir um negócio, com 40% das respostas — percentual que se manteve, mas perdeu o primeiro lugar para a flexibilidade de horário, que subiu de 29% para 46%. Outras razões também ganharam força, como a necessidade de renda complementar, que passou de 21% para 24%. Já a motivação de “fazer o que acreditam” caiu de 24% para 18%, saindo da terceira para a quinta posição.
Para Mariana Figueiredo, diretora de produtos para pequenas e médias empresas da Serasa Experian, essa mudança reflete um cenário onde as mulheres buscam cada vez mais autonomia. “Há uma mudança no perfil da mulher empreendedora que mostra, cada vez mais, que o lugar da mulher é onde e como ela quiser. Nosso objetivo é apoiar as PMEs e as mulheres em toda a sua jornada, entendendo suas transformações e motivações para criar produtos e serviços que atendam às suas necessidades”, afirma.
Mulheres enfrentam desafios no mercado
A pesquisa também abordou as dificuldades enfrentadas pelas mulheres empreendedoras em comparação aos homens. Para 71% das entrevistadas, conciliar as demandas familiares e profissionais ainda é um desafio significativo. Além disso, 68% apontam que há preconceito quando tentam assumir posições de liderança em seus setores. Outros 65% relatam dificuldades em serem levadas a sério como gestoras, e 57% afirmam que encontram mais barreiras para atuar em mercados dominados por homens.
Mariana Figueiredo ressalta a importância de acompanhar essas transformações. “É preciso entender o contexto e as particularidades do empreendedorismo feminino, que tem ganhado espaço na economia. No mês de março, essa atenção se redobra, mas deve ser contínua. Apoiamos as PMEs com conteúdo sobre gestão e soluções que facilitem o acesso ao crédito, como o Score CNPJ, que usa dados para gerar insights valiosos para os empreendedores”, destaca.
O levantamento “Mulheres no Empreendedorismo” foi realizado de forma quantitativa, por meio de um painel de respondentes, e contou com a participação de 562 empreendedoras de todas as regiões do Brasil. A pesquisa seguiu a classificação do Sebrae, contemplando diferentes setores de atuação e perfis empresariais, abrangendo mulheres com idade superior a 18 anos e pertencentes às classes A, B, C e D.
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