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Sebrae propõe trabalho conjunto para ampliar pesquisa e inovação nas empresas

O diretor-técnico Bruno Quick foi um dos debatedores da 5ª Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia e Inovação (5CNCTI)

Bruno Quick (Foto: Larissa Carvalho/Sebrae)

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Agência Sebrae - Trabalhar como agente integrador entre poder público, universidades, grandes e pequenas empresas e os fundos de investimentos em prol do estímulo à inovação que gere emprego, renda e inclusão. Esse é o esforço do Sebrae, ressaltado pelo diretor-técnico Bruno Quick durante o debate sobre os desafios para ampliar as atividades de Pesquisa e Desenvolvimento nas empresas privadas, na 5ª Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia e Inovação (5CNCTI), nesta quinta-feira (1º).

"A grande inovação é trabalhar junto. Só assim conseguiremos entender as deficiências, os vazios, as sobreposições e poderemos nos adequar. Temos muitos instrumentos bons, mas estão afastados. Precisamos de uma conexão inteligente", afirmou Quick. “Muitas vezes, a gente subestima uma necessidade logística de movimentação das coisas, mas não conecta a ciência nas instituições e nas empresas”, completou.

Para quebrar esse ciclo, o diretor-técnico do Sebrae apontou programas da entidade que promovem essa conexão, como o Catalisa ICT, que apoia o desenvolvimento de startups vindas da Academia, e o Programa Inova Amazônia, que estimula o desenvolvimento de empresas inovadoras e sustentáveis ligadas ao bioma. “Além de ser este ente integrador, fazemos várias articulações e fomentamos a integração de mecanismos e, onde tem falha de mercado, tentamos induzir novos mecanismos. O Brasil tem bolsas para pesquisas dentro da universidade, mas a inovação ocorre fora de lá”, apontou.

O salto virá com agregação de valor. Ciência é o melhor investimento. Estamos trabalhando hoje com mais de 13 mil startups mapeadas e queremos fazer os _matches_entre elas e as grandes empresas. No momento em que a ciência toca o mundo real, revela a inovação.Bruno Quick, diretor-técnico do Sebrae Nacional

“O Sebrae é um parceiro gigante que abraçou a inovação e isso ajuda a dar um impulso grande não só nas pequenas empresas. A presença dele ajuda este setor a se conectar com as grandes empresas e isso beneficia a conexão com as startups, que são a gênesis de inovação dos negócios de maior porte”, frisou o professor da Universidade de Pernambuco (UPE) Francisco Saboya, que estava na coordenação do debate.

Inovação e Inteligência Artificial

O Sebrae integra o Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT), que aprovou o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) proposto ao governo federal na abertura da 5ª Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia e Inovação. Entre as 31 ações em diferentes áreas, a iniciativa prevê a compra de um dos cinco supercomputadores mais potentes do mundo e investimento de até R$ 23 bilhões em quatro anos.

Dentro do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), há a previsão da ampliação da adoção de IA em diferentes segmentos de pequenos negócios, com o objetivo de aumentar a produtividade e a competitividade de micro e pequenas empresas (MPE) e microempreendedores individuais (MEI). A meta inclui programas de aceleração em IA em MPEs de setores intensivos; execução de projetos pilotos de inclusão digital em três estados; desenvolvimento e aplicação de estudos para aprimoramento no suporte aos MEIs em 12 meses.

Entre as ações de destaque do uso da IA para a Inovação Empresarial está o de estruturar uma robusta cadeia de valor em IA no Brasil, em apoio direto às missões da Nova Indústria Brasil (NIB), posicionando o país como polo global de desenvolvimento e uso de IA; o desenvolvimento de soluções de IA para desafios da indústria brasileira (incluindo comércio e serviços) e para aumento da produtividade; a estruturação e o fortalecimento da cadeia produtiva de IA no Brasil; o estabelecimento de datacenters “verdes” de alta capacidade, alimentado por energias renováveis e otimizados para uso sustentável de recursos hídricos; a criação de centros de apoio à IA na indústria, fornecendo recursos técnicos e consultoria especializada; o fomento e aceleração de startups especializadas em IA; e a incorporação e retenção de talentos de IA nas empresas brasileiras.

Com o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação para um Brasil Justo, Sustentável e Desenvolvido”, a 5CNCTI, que terminou nesta quinta-feira (1º), é o principal fórum de debates sobre o futuro da ciência no país. O evento, que voltou a acontecer após 14 anos, contou com 320 palestrantes e discutiu as prioridades das políticas públicas do setor para os próximos 10 anos.

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