Três passos para o planejamento estratégico do futuro

247 - "Novos tempos pedem um novo planejamento estratégico". A frase da especialista em gente e gestão Tarsia Gonzalez, com mais de três décadas de experiência e atual responsável pelo Planejamento Estratégico da Transpes S/A, reflete a urgência de transformações nas abordagens empresariais. A Transpes, uma das maiores empresas de logística do Brasil, conta com 23 filiais espalhadas pelo país e é tricampeã do Prêmio Você S/A Melhores Empresas para se Trabalhar no Brasil.

Em um mundo cada vez mais impactado pela inovação tecnológica, como a inteligência artificial em constante evolução, Tarsia enfatiza que é imperativo abandonar métodos ultrapassados e adotar novas formas de planejar. “Quem não estiver conectado com a novidade, com o ineditismo, vai ficar para trás. Por isso, é preciso mudar, é preciso atualizar também a forma de planejar. Afinal, novos tempos pedem um novo planejamento”, afirma.

Durante a apresentação dos pilares estratégicos para 2025 da Transpes, Tarsia destacou três passos essenciais para um planejamento eficaz, que prepara as empresas para um mercado competitivo e em constante mudança:

1. Padronização de processos

O primeiro passo consiste em estabelecer uma base estruturada para a precificação e disseminar o conhecimento técnico essencial — tributário, fiscal, rotas, equipamentos e operações — entre toda a equipe. “Isso faz com que os times trabalhem em uníssono, caminhando em busca das mesmas metas e com as mesmas ferramentas”, explica Tarsia.

Ela aponta que o segredo está na implementação de treinamentos contínuos e no uso de ferramentas que centralizem informações estratégicas, garantindo que o comercial esteja preparado para atuar com uma visão consultiva e empoderado com dados confiáveis.

2. Alinhamento entre comercial e operação

Garantir a integração fluida entre as áreas comercial e operacional é o segundo pilar destacado por Tarsia. Essa integração elimina gargalos na transição de responsabilidades e cria sincronia em todo o ciclo de captação, venda e entrega.

“Estruturando rituais de alinhamento, como reuniões regulares e check-ins, conseguimos antecipar desafios e ajustar expectativas, assegurando a entrega e a satisfação do cliente”, detalha. Essa abordagem reduz a chance de erros, evita atrasos e fortalece a qualidade na cadeia produtiva.

3. Engajamento do cliente e foco na relação consultiva

O último passo enfatiza a necessidade de superar a relutância dos clientes em fornecer feedback (como o NPS) e de fortalecer o relacionamento comercial por meio de uma postura consultiva. Tarsia defende abordagens personalizadas, como follow-ups direcionados, compartilhamento de resultados e propostas de valor claras que demonstrem benefícios tangíveis para os clientes.

“Em tempos de hiperinformação, precisamos criar estratégias que realmente engajem os clientes e estabeleçam relações mais próximas e de confiança”, conclui.