"A relação entre Brasil e Estados Unidos mudou de patamar. Antes, não havia confiança", diz Pedro Paiva, correspondente do 247
Segundo o repórter, a iniciativa de colaborar com o Fundo Amazônia agora partiu dos próprios Estados Unidos. Durante o governo Bolsonaro, Biden ignorava pedidos de doações
247 - Em participação no Bom Dia 247 deste domingo (12), o repórter Pedro Paiva, correspondente do 247 em Washington, comentou a reconstrução das relações diplomáticas e de confiança entre Brasil e EUA, possibilitada devido à visita do presidente Lula (PT) ao país norte-americano.
Paiva destacou que o governo do presidente Joe Biden enxergava o Brasil de Jair Bolsonaro (PL) com desconfiança e, por isso, evitava fortalecer os laços entre as nações: "em 2021, o Bolsonaro fez um documento de sete páginas pedindo ao governo americano uma doação para preservar a Amazônia. Um documento de sete páginas se comprometendo com o fim do desmatamento na Amazônia até 2030, mesmo comprometimento do Lula, e foi absolutamente ignorado pelo governo Biden. Não porque Bolsonaro tem proximidade com Donald Trump, mas porque pensaram que não tinha como dar dinheiro para a defesa da proteção da floresta se tudo que se via em relação à floresta estava indo ao contrário da proteção".
"Então existia uma desconfiança do governo americano em torno desse tema, por exemplo. O governo americano não confiava (no Brasil). A partir de agora, quando o presidente brasileiro vai aos EUA e mostra uma redução de 61% no desmatamento da Amazônia em janeiro, isso cria uma outra relação com o governo americano", acrescentou o jornalista.
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Segundo o repórter, a iniciativa de colaborar com o Fundo Amazônia agora partiu dos próprios Estados Unidos: "o Lula não fez um documento de sete páginas pedindo uma doação ao Fundo Amazônia. Segundo todas as pessoas com quem conversei, partiu dos EUA a proposta de fazer esse aporte ao Fundo. Então existia um desejo de fazer esse aporte, mas não existia confiança no governo que estava no Planalto".
"Então essa relação muda de patamar. Apesar de nem tudo na relação entre Biden e Lula ser consenso, existe um patamar mínimo de confiança, de saber que pode acreditar no que está sendo dito e de que não se trata de uma enganação", concluiu.
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