‘Campanha de Lula passou para a ofensiva e a militância pode fazer a diferença, mas eu temo pela abstenção’, diz Altman
“Abstenção atinge principalmente os pobres e as regiões Norte e Nordeste”, que em maioria apoiam Lula, destaca Altman. “É preciso convencer as pessoas a votar”
247 - O jornalista Breno Altman, em participação na TV 247, avaliou que a campanha do ex-presidente Lula (PT) passou para a “ofensiva” nas últimas semanas, barrando a recuperação que Jair Bolsonaro (PL) vinha tendo em determinado espaço de tempo no período eleitoral. A correção de rumo pode levar o petista à vitória no primeiro turno.
Para Altman, “Bolsonaro perdeu a mão após o 7 de setembro”. “Ele faz um 7 de setembro muito poderoso mas incorre em uma sucessão de erros, a viagem para o exterior, o zigue-zague com discursos distintos, uma performance que teve problemas graves no eleitorado no qual ele já é vulnerável, que é o das mulheres, naquele primeiro debate, da Band. E ele não consegue avançar como imaginava”.
Por outro lado, destacou, “vai se constituindo uma onda pró-Lula”. “A campanha do Lula nos últimos dias passou à ofensiva. Ela viveu um período na defensiva, um período em que o Bolsonaro estava crescendo e o Lula estava caindo, muito lentamente. Esse era o cenário mais ou menos até o dia 11 ou 12 de setembro. Então temos semanas que a campanha do Lula foi avançando, e o Bolsonaro foi ficando estagnado".
Para definir a vitória em primeiro turno, o jornalista destacou que a militância desempenha um papel fundamental. Se o trabalho dos apoiadores de Lula foi suficiente, a resposta só será conhecida neste domingo (2), após a divulgação dos resultados das urnas. “As forças da militância petista foram, na minha opinião, subutilizadas nessas eleições, especialmente no Sudeste. Isso faz a diferença para ganhar dois ou três pontos percentuais que podem definir as eleições no primeiro turno”.
Altman também disse “temer” pela abstenção, que pode afetar diretamente o desempenho eleitoral de Lula. “É um fenômeno que atinge principalmente os mais pobres e as regiões Norte e Nordeste do país, que são onde o Lula tem uma maior diferença positiva de votos. Abstenção sempre é um problema nos institutos de pesquisa. Ela tem um efeito maior - repito - sobre os votos das classes trabalhadores mais pobres. É necessário convencer as pessoas a votar”.
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