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    Contarato conta por que decidiu se expor na CPI e denunciar homofobia: "minha omissão seria um ato de covardia"

    “Eu não estaria dando vez e voz para milhões de famílias. E eu, com local de fala, se eu fizesse isso [omissão], eu não me perdoaria”, disse o senador Fabiano Contarato em entrevista ao Boa Noite 247

    Fabiano Contarato (Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado)

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    247 - O senador Fabiano Contarato (Rede) revelou, em entrevista ao Boa Noite 247, nesta quinta-feira, 8, que “no dia daquela fala na CPI, eu tomei conhecimento do ataque na noite anterior. Eu nem dormi, nem falei pro meu esposo. Cheguei cedo na CPI e eu cheguei cedo, e não tinha decidido se eu ia me expor, porque eu não confio”.

    Ele foi alvo de ataques homofóbicos do empresário bolsonarista Otávia Fakhoury, que prestou depoimento na CPI da Covid, quando o parlamentar foi convidado pelo presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD), a ocupar a presidência da mesa e se defender contra os ataques homofóbicos.

    “Por isso, minha fala foi carregada de emoção, porque conciliar o racional com o emocional para fazer uma intervenção ali, e eu não imaginava que eu ia ocupar a presidência [...] naquele momento, ficar lado a lado, ombro a ombro a uma pessoa que praticou um ato tão vil, pra mim foi significativo”, afirmou.

    “A minha decisão em falar foi porque eu imaginei que a minha omissão ali seria um ato de covardia. Eu não estaria dando vez e voz para milhões de famílias. E eu, com local de fala, se eu fizesse isso [omissão], eu não me perdoaria”, disse.

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