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    “Estamos nas ruas, conversando diretamente com a população, fugindo da armadilha da polarização ideológica”, diz Lúdio Cabral

    44% a 41%: embate acirrado na capital do Mato Grosso, aponta pesquisa Quaest

    (Foto: Divulgação )

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    247 - O cenário eleitoral em Cuiabá se acirra ainda mais à medida que o segundo turno das eleições municipais se aproxima. A pesquisa recente, realizada pela Atlas Intel, aponta um empate técnico entre os candidatos à prefeitura: o deputado federal Abílio Brunini (PL) e o candidato da Federação PT-PCdoB-PV, Lúdio Cabral, com 44% e 41% das intenções de voto, respectivamente. Esses números confirmam a intensidade da disputa, que, segundo os próprios candidatos, tem sido uma das mais polarizadas da história recente da capital mato-grossense.Em entrevista concedida ao Boa Noite 247, Lúdio Cabral demonstrou otimismo em relação à sua campanha e destacou a estratégia adotada desde o início. “Estamos nas ruas, conversando diretamente com a população, fugindo da armadilha da polarização ideológica que não faz sentido em uma eleição municipal. Nosso foco está em apresentar soluções para os problemas de Cuiabá”, afirmou Cabral. Segundo ele, essa abordagem permitiu que sua candidatura avançasse para o segundo turno, contrariando expectativas. “No primeiro turno, esperava-se que a diferença entre nós e o candidato do União Brasil fosse de 20 pontos, mas na pesquisa da Atlas a diferença foi de apenas 6,8, quase dentro da margem de erro”, acrescentou.

    A campanha de Cabral, segundo ele, tem se concentrado em evitar os debates polarizados que marcaram as eleições de 2022, onde Jair Bolsonaro obteve 61% dos votos no estado. O deputado destacou que sua estratégia é construir alianças amplas e governar com apoio de todos, inclusive do governo federal. “Fizemos uma campanha de diálogo com o centro e até com o eleitorado conservador, algo que foi fundamental para alcançarmos 12% dos eleitores de Bolsonaro no segundo turno”, afirmou. Esse eleitorado representa uma fatia significativa do avanço de Cabral, que registrou 28,3% no primeiro turno.

    No entanto, o cenário não é simples. Abílio Brunini, apoiado pelo bolsonarismo e conhecido por suas posturas polêmicas, tem adotado uma retórica de ataques e focado em pautas conservadoras, como aborto, drogas e ideologia de gênero. “Estão tentando nos colocar numa armadilha de polarização ideológica, mas nós estamos focados em discutir os problemas reais de Cuiabá e como solucioná-los”, reforçou Cabral. Para ele, o verdadeiro debate deve ser sobre as questões locais, como saúde, infraestrutura e governabilidade, e não sobre temas nacionais que pouco impactam a vida cotidiana dos cuiabanos.

    Sobre alianças no segundo turno, Cabral revelou que sua base de apoio se ampliou. Além da Federação PT-PCdoB-PV, ele conseguiu o apoio do PDT, que antes estava na chapa do MDB, e de lideranças do PSB. “O PSB liberou seus filiados, e temos o apoio de algumas lideranças importantes. Além disso, partidos como União Brasil e o próprio PL liberaram suas bases, o que faz com que os apoios agora sejam mais de pessoas do que de partidos”, explicou o candidato.

    A disputa em Cuiabá se torna ainda mais relevante considerando o contexto conservador do estado, onde a rejeição ao Partido dos Trabalhadores é historicamente alta. Lúdio Cabral reconhece esse desafio, mas afirma que está preparado para acolher o eleitorado crítico. “Eu encontro todos os dias nas ruas pessoas que dizem que gostam de mim, mas têm críticas ao PT. Eu acolho esse voto com responsabilidade e prometo honrá-lo, porque vou governar para todos os cuiabanos, independentemente de suas filiações partidárias”, concluiu.

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