“Foi o melhor trabalho policial que já li”, diz o jurista Pedro Serrano sobre relatório da PF
Jurista afirma que relatório da Polícia Federal demonstra de forma incontestável a tentativa de golpe no Brasil
247 - Em uma análise contundente durante entrevista ao programa Brasil Agora, o jurista Pedro Serrano classificou o relatório da Polícia Federal (PF) sobre a tentativa de golpe no Brasil como o “melhor trabalho policial” que já leu. Segundo Serrano, o documento de mais de 800 páginas é um marco na investigação de crimes complexos no país.
“Não tenho dúvida de que houve uma tentativa de golpe. Após a leitura do relatório, é insustentável dizer o contrário”, afirmou. O jurista destacou que mesmo profissionais do Direito alinhados à direita têm dificuldade em negar a gravidade do caso devido à robustez das provas apresentadas.
Investigação detalhada e provas técnicas
Pedro Serrano destacou a sofisticação da investigação, que incluiu análises de geolocalização e identificação biométrica de suspeitos. “Eles identificaram digitais a partir de uma simples foto de um dedo segurando um cartão. Isso mostra um nível de precisão técnico impressionante.”
Além disso, Serrano apontou que o relatório desmantela a narrativa de que os eventos de 8 de janeiro foram atos isolados. “O golpe é um ‘romance em vários capítulos’ ou uma ‘peça em vários atos’. Desde manifestações em frente a quartéis até tentativas de ataques terroristas em Brasília, tudo foi orquestrado.”
Comando unificado e articulação criminosa
O jurista detalhou que a PF descreve uma organização criminosa formada por núcleos especializados, atuando em setores como sociedade civil, comunicação virtual, Forças Armadas e polícia. “Há provas incontestáveis de que essa estrutura tinha comando unificado e articulava ações golpistas.”
Imparcialidade judicial em questão
Serrano também abordou a controvérsia sobre a atuação do ministro Alexandre de Moraes, relator de casos relacionados aos atos golpistas. “Ele foi atacado como magistrado, não em nível pessoal. Isso afasta qualquer alegação de impedimento em seus julgamentos.”
Comparação histórica e gravidade do caso
Para o jurista, o caso brasileiro é singular na história recente. “Estudo golpes há mais de dez anos e nunca vi algo tão extenso e intenso como essa tentativa. A sorte foi a resistência institucional e o posicionamento contrário de parte das Forças Armadas.”
Pedro Serrano concluiu reafirmando a gravidade da situação e a excelência técnica do trabalho da Polícia Federal: “Não há como negar a existência de uma tentativa de golpe. O relatório é um exemplo de investigação científica, racional e não violenta.” Assista:
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