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"Globo hoje espanca o clã Bolsonaro, mas amanhã pode ser a esquerda", diz Valter Pomar

Valter Pomar, do PT, adverte para os desafios políticos e midiáticos no Brasil

Globo e Valter Pomar (Foto: Reprodução | Felipe L. Gonçalves/Brasil247)

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247 - Em entrevista à TV 247, o historiador e integrante da Direção Nacional do PT Valter Pomar discutiu os desafios enfrentados pelo partido diante do cenário político e midiático atual no Brasil. Pomar começou destacando o histórico de perseguição política enfrentado pelo PT, especialmente durante os mandatos do presidente Lula (PT), apontando a mídia corporativa como uma das principais agentes desse processo. Ele ressaltou que, apesar das dificuldades, o PT conseguiu superar obstáculos significativos ao longo dos anos. "Tivemos durante anos um esquema de perseguição política contra o governo Lula no primeiro e segundo mandatos por parte da mídia corporativa, que inclusive o levou à prisão", enfatizou.

Ao comentar as investigações envolvendo a família Bolsonaro, Pomar alertou para a complexidade da situação e a necessidade de uma abordagem política abrangente. Ele argumentou que os efeitos das investigações não podem ser avaliados apenas no curto prazo, enfatizando a importância de ações políticas mais amplas. "Os efeitos de curto e médio prazo contra a família Bolsonaro dependem do conjunto das ações políticas. Essa ideia de que simplesmente uma ação judicial será suficiente é ilusória", explicou Pomar.

O líder petista também abordou a questão do apoio popular à família Bolsonaro e como isso pode influenciar a percepção das investigações como uma perseguição política. Ele ressaltou a necessidade de ações nos campos econômico, político, social e de comunicação para desafiar essa narrativa. "A massa de pessoas que acredita no que a família Bolsonaro fala e vai interpretar isso como uma perseguição política é muito grande. E essa parte da população, para ser demovida desse apoio, depende de ações no âmbito da economia, da política, das políticas sociais, da política de comunicação", disse Pomar.

Pomar também chamou a atenção para o papel da mídia corporativa, destacando que as posições políticas adotadas hoje podem facilmente mudar no futuro. Ele alertou que a polarização política exacerbada pela mídia pode diminuir os espaços para alternativas políticas de centro. "Globo hoje espanca o clã Bolsonaro, mas amanhã pode ser a esquerda", observou. 

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