Há um esforço para desgastar o governo, para quebrar a popularidade do presidente Lula”, diz José Guimarães
Líder do governo na Câmara, José Guimarães, fala sobre estratégias políticas e desafios para o avanço do governo
247 - Em entrevista à jornalista Tereza Cruvinel, o líder do governo na Câmara, José Guimarães, abordou temas cruciais relacionados às estratégias políticas do governo e aos desafios enfrentados para consolidar avanços na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Guimarães afirmou que existe um esforço coordenado para desgastar o governo, prejudicar a popularidade do presidente e obstaculizar o progresso das políticas governamentais.
Guimarães destacou a importância da negociação no cenário político, reforçando que a aprovação de projetos depende diretamente da habilidade em dialogar e articular interesses. O líder do governo questionou se as negociações comprometeram as metas do governo de Lula, enfatizando que, até o momento, não houve impactos significativos, segundo ele.
Ao abordar a conquista de votos para o Projeto de Lei (PL), Guimarães ressaltou a importância do diálogo, da articulação política e da paciência na busca por apoio parlamentar. Ele explicou que a conquista de votos não é um feito aleatório, mas resultado de esforços contínuos no ambiente político.
"As pessoas perguntam como é que temos conseguido cerca de 25 votos no PL. Acha que isso cai do céu? Não cai não. É com diálogo, articulação e paciência."
"Não se vota nada aqui nessa casa se a gente não negociar. Os resultados dependem da arte de negociar. Em tudo o que negociamos aqui dentro, algo atrapalhou o programa de governo do Lula? Nada."
Sobre as oscilações na popularidade do presidente Lula, o líder do governo destacou que são características cíclicas e naturais no cenário político. Guimarães argumentou que a popularidade é influenciada por diversos fatores e que o governo está ciente dessas flutuações.
"Esta questão de popularidade do presidente é uma coisa cíclica. Há momentos em que o governo sobe, há momentos em que o governo cai na aprovação popular.”
Sobre as críticas relacionadas às viagens do presidente Lula, Guimarães defendeu a necessidade das visitas ao exterior para reconstruir a credibilidade internacional do Brasil. Ele enfatizou que, atualmente, o país é o segundo maior receptor de investimentos estrangeiros do mundo e que o foco agora será na agenda interna, com a entrega de obras e projetos.
"Dizem que o presidente viaja muito para o exterior. Precisou viajar. Para colocar o governo de pé, ele precisou reconstruir a credibilidade externa do Brasil. E agora o Brasil é o segundo país do mundo em volume de investimentos estrangeiros. Agora ele vai se voltar para a agenda interna do Brasil. Visitando os estados e anunciando obras e projetos. E começar a entregar, dialogando com a população."
O líder do governo expressou preocupação com a aparente acomodação da esquerda e dos movimentos sociais, destacando a importância de uma participação ativa para fortalecer a base de apoio político.
"A esquerda como um todo, os movimentos sociais, estão muito acomodados."
Guimarães referiu-se à investigação em curso sobre uma tentativa de golpe, ressaltando que é fundamental responsabilizar todos os envolvidos, seja civis ou militares, para preservar o estado democrático de direito.
"A tentativa de golpe está sendo investigada, mas tem gente que acha que não foi nada, que no Brasil vale tudo. Até setores da mídia começam a naturalizar aquilo.”
Guimarães concluiu a entrevista destacando indicadores positivos na economia, como o crescimento da renda e do emprego. Ele expressou sua frustração com a falta de reconhecimento por parte de analistas e comentaristas em relação aos avanços alcançados pelo governo.
"Há um esforço para desgastar o governo, para quebrar a popularidade do presidente Lula e impedir que o governo avance. Os indicadores da economia estão aí, são todos positivos, a renda das pessoas cresceu 11% no ano passado, o emprego cresceu, e não vejo analistas e comentaristas reconhecendo isso."
Ao abordar questões legais, o líder do governo enfatizou a importância de garantir que os responsáveis por qualquer atentado ao estado democrático de direito, independentemente de sua origem, sejam devidamente punidos pela justiça.
"A justiça não pode recuar da punição dos golpistas, sejam civis ou militares. Todos têm que pagar pelo atentado ao estado democrático de direito."
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