Intervenção federal no RJ não produziu nenhuma melhora na segurança do estado, diz Jorge Folena
Para o advogado, a intervenção resultou em um agravamento da violência policial
247 - Em entrevista à TV 247, o advogado Jorge Folena abordou diversos temas cruciais para a segurança pública e o papel dos militares no Brasil. Ele criticou a intervenção no Rio de Janeiro, ressaltando a ausência de resultados concretos e o agravamento da agressividade policial. Folena também destacou a importância de investigar possíveis casos de corrupção envolvendo a venda de coletes durante a intervenção. Sobre a atuação dos militares, apontou a necessidade de uma reforma e a revisão do papel das Forças Armadas, defendendo a garantia da soberania nacional e popular.
Folena destacou que a intervenção no Rio de Janeiro não trouxe os resultados esperados, agravando a situação da segurança pública. Segundo ele, "essa intervenção não produziu nenhum resultado concreto, nenhum resultado objetivo que tenha melhorado a Polícia do Estado do Rio de Janeiro". “Eles [os militares] não se mostraram capacitados para dar uma segurança pública eficaz”. Ele também mencionou casos de violência, como as sucessivas chacinas, ressaltando a necessidade de uma abordagem mais eficaz.
O advogado fez uma ligação entre a atuação dos militares e os desdobramentos políticos no Brasil. Ele citou o assassinato de Marielle Franco e a entrega da segurança pública a generais durante a intervenção. Folena questionou a falta de esclarecimentos sobre o mandante desse crime e destacou a ligação dos militares com o atual governo.
A entrevista também abordou a possível corrupção envolvendo a venda de coletes durante a intervenção. Folena ressaltou a importância da investigação e chamou a atenção para os personagens envolvidos, alguns dos quais também estiveram relacionados a casos de corrupção na área da saúde. Ele enfatizou que a incapacidade dos militares não se restringe à segurança, mas se estende a outras áreas, como a venda de joias no exterior.
Por fim, Jorge Folena defendeu a necessidade de uma reforma militar: “nós temos que rever o papel das Forças Armadas”. Ele destacou a importância de garantir a soberania nacional e popular, e criticou a visão de que os militares enxergam a população como inimigos. Segundo ele, é um desafio longo, mas crucial para inserir o Brasil em um mundo multipolar e enfrentar o imperialismo americano.
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