"Já há uma guerra civil não declarada nos Estados Unidos", diz Pepe Escobar
Correspondente internacional afirma também que 2024 será marcado pelo enfrentamento entre o "Otanistão" e os BRICS
247 – Em uma entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, o correspondente internacional Pepe Escobar levanta preocupações sérias sobre o estado atual dos Estados Unidos e suas implicações globais. Escobar, conhecido por sua análise crítica da geopolítica, não poupou palavras ao descrever o que ele percebe como uma "guerra civil não declarada" nos Estados Unidos e as tensões crescentes entre o chamado "Otanistão" e os BRICS.
Escobar inicia a entrevista mencionando as eleições presidenciais nos Estados Unidos e sugere que Joe Biden e os democratas têm a percepção de que perderão a eleição para o ex-presidente Donald Trump. O correspondente também avalia que os Estados Unidos estão atualmente envolvidos em uma "guerra civil não declarada". Ele argumenta que a divisão política e social no país atingiu um ponto crítico, com grupos e facções polarizados em uma luta interna que ameaça a estabilidade da nação.
Escobar também prevê um cenário de confronto em 2024 entre os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e o que ele chama de "Otanistão" e "Ocidente coletivo". Ele antecipa desafios significativos nessa disputa global, sugerindo que janeiro marcará o início de um período de confronto geopolítico.
O correspondente internacional também aborda o Irã, que fará parte do BRICS, observando que o país está buscando se libertar das restrições impostas pelo Império desde a revolução islâmica. Isso destaca as dinâmicas em evolução no Oriente Médio e as tensões com os Estados Unidos.
Escobar prevê que 2024 será um ano marcado por "caos controlado" no cenário internacional, com o "Otanistão" tentando conter o avanço do mundo multipolar. Ele aponta que há conflitos em andamento ou iminentes em várias áreas distintas, indicando uma atmosfera de turbulência geopolítica. Por fim, o correspondente internacional comenta sobre a postura da Rússia em relação a Essequibo, uma região disputada na América do Sul entre Venezuela e Guiana. Ele argumenta que a Rússia não tem interesse em se envolver nesse conflito e enfatiza que seu foco principal continua sendo a Ucrânia. Assista:
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