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    Joaquim de Carvalho sobre caso Marielle: Vivendas da Barra não foi investigado propositalmente e Braga Netto tem que ser cobrado

    O condomínio onde Jair Bolsonaro e Ronnie Lessa vivam não foi investigado devidamente, disse o jornalista investigativo Joaquim de Carvalho, na TV 247. Assista

    (Foto: Divulgação | José Dias/PR)
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    247 - O jornalista Joaquim de Carvalho, na TV 247, apontou lacunas na investigação sobre o assassinato de Marielle Franco, que completou 4 anos. Ele lembrou das constantes ligações entre as casas de Ronnie Lessa, PM aposentado acusado e preso pelo crime, e de Jair Bolsonaro na época do assassinato, quando os dois moravam no condomínio Vivendas da Barra, na Barra da Tijuca, no Rio.

    A versão oficial sustenta que as ligações telefônicas ocorriam devido a um suposto namoro entre a filha de Lessa e o filho mais novo do então deputado federal, Jair Renan. 

    “Se inventou a história de que o Jair Renan tinha namorado a filha do Lessa e, por isso, havia muitas ligações entre as casas. Mas o Ronnie Lessa já disse que naquela ocasião a filha nem estava no Brasil, estava estudando no exterior. Então, fica a pergunta: por que tantos telefonemas? Por que isso não foi investigado?”, questionou. “Isso é uma lacuna gigantesca que deveria ser investigada”. 

    >>> Bruno Paes Manso: “o fato mais mal explicado do caso Marielle é que Jair Renan não namorou a filha de Ronnie Lessa”

    Élcio Queiroz, ex-PM acusado de participação no assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, também entrava com frequência no Vivendas da Barra. Planilhas de controle de acesso indicam que, em 11 dessas visitas, Queiroz sempre teve como destino a casa 65, de Lessa. 

    Em 14 de março de 2018, data do crime, a planilha manuscrita indica que a autorização de acesso na portaria foi dada por alguém da casa 58, onde vivia Bolsonaro. 

    De acordo com Joaquim de Carvalho, a liberação de informações do condomínio foi feita de maneira seletiva. 

    “Quando o policial apontou o Élcio e o Ronnie como os executores, mostra as câmeras a partir de determinado momento e não mostra o Vivendas da Barra. Tudo deveria ter começado dali, porque os dois saíram dali”, apontou. “A investigação foi mal feita, e propositalmente”. 

    Ele cobrou a responsabilização do ministro Braga Netto, por conta da ineficiência da Secretaria de Segurança na ocasião. 

    “Necessariamente a investigação tem que se debruçar sobre o Vivendas da Barra, levantar câmeras. A medida que vai passando o tempo, vai ficando muito mais difícil. Estamos falando de 4 anos, passou muito tempo. Ainda é possível, mas embaralharam essa investigação. O Braga Netto deve ser responsabilizado por ineficiência, porque isso deveria ser a prioridade número 1 da Secretaria de Segurança naquela ocasião”, prosseguiu.

    “O crime envergonha nosso país, e é um absurdo que não haja uma resposta sobre o mandante do assassinato da Marielle Franco”, completou. 

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