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    Lula não deve ter medo de declarar ações de Israel como terrorismo de Estado, diz Jones Manoel

    Historiador aponta "anacronismo" na política externa brasileira, que classificou apenas os ataques do Hamas como terrorismo. Assista na TV 247

    Jones Manoel e Lula (Foto: Divulgação | REUTERS/Washington Alves)

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    247 - O historiador Jones Manoel defendeu em uma entrevista à TV 247 que o governo do presidente Lula mude sua postura diplomática em relação ao conflito entre israelenses e palestinos, declarando os ataques de Israel como "terrorismo de Estado". Segundo ele, condenar apenas as ações do Hamas como "terrorismo" evidencia um "anacronismo" na política externa brasileira. 

    Jones Manoel lembrou que é necessário condenar os ataques indiscriminados de Israel contra a população civil da Faixa de Gaza, onde inclusive brasileiros correm risco de vida. "O governo Lula foi eficiente em retirar os brasileiros de Israel, mas foi ultrapassado pelos fatos e manteve um discurso anacrônico. Israel está praticando um crime contra a humanidade, matando funcionários da ONU, atacando abrigos, hospitais e a população civil de maneira indiscriminada, negando qualquer mediação internacional, usando armas químicas, destruindo igrejas... Israel está praticando um morticínio em massa", disse o historiador.

    "É preciso dizer que as crianças mortas estão sendo mortas pelo Estado de Israel, numa política de terrorismo de Estado. O governo Lula repetiu que o Hamas fez uma ação terrorista e não classificou as ações de Israel como terrorismo de Estado, sem condenar diretamente o ataque indiscriminado à população civil. Com essa atual postura diplomática, os brasileiros em Gaza vão morrer. É imperioso que o Brasil mude a sua política diplomática", acrescentou. 

    Em 7 de outubro, o Hamas lançou um surpreendente ataque de foguetes em larga escala contra Israel a partir da Faixa de Gaza e violou a fronteira, matando e sequestrando pessoas nas comunidades israelenses vizinhas. Israel lançou ataques retaliatórios e ordenou um bloqueio completo da Faixa de Gaza, lar de mais de 2 milhões de pessoas, cortando o fornecimento de água, comida e combustível. A escalada do conflito resultou em milhares de pessoas mortas e feridas de ambos os lados.

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