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    "Lula tem tudo para unir o Brasil", diz Doria à TV 247

    Ex-governador de São Paulo explica por que pediu desculpas ao presidente e por que o vê como o agente da pacificação nacional

    Doria, Lula (Foto: ABr | Stuckert)

    247 – O ex-prefeito e ex-governador João Doria concedeu uma entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, da TV 247, em que explicou por que pediu desculpas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva por posicionamentos do passado e também por que o enxerga como o principal agente da pacificação nacional. "Falei sobre o presidente Lula com o coração e com sinceridade. Ultrapassei o limite do razoável no passado. Cometi exageros de linguagem. Continuo sendo um liberal, mas hoje sou um liberal social", disse ele.

    Doria afirmou que seu reposicionamento não está ligado a interesses empresariais do Lide, que ele fundou para aproximar empresários e gestores públicos. "O Lide tem 20 anos e meu arrependimento não tem relação com interesses privados. Não tenho nenhuma dependência com o governo federal, nem com governos estaduais", afirmou. "Nada como sair da política, para ver as questões em perspectiva. No acirramento das campanhas, muitas vezes o político ultrapassa os limites", acrescentou.

    Na entrevista, ele afirmou que Lula é a força capaz de conter os extremismos na sociedade brasileira. "O bolsonarismo não morreu. O ex-presidente Jair Bolsonaro está inelegível, mas os bolsonaristas estão ativos. O presidente Lula, com a idade, os cabelos brancos e a experiência, pode ser o grande pacificador do Brasil", afirmou. Doria pontuou que "receber o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, foi um bom gesto do presidente".

    Na sua avaliação, o ponto mais forte do governo é a gestão do ministro Fernando Haddad, na economia. "Ele tem sido um homem do diálogo e do entendimento", disse ele. "Destaco também a gestão de Marina Silva, no Meio Ambiente, assim como a atuação do chanceler Mauro Vieira", acrescentou. 

    Doria assinalou que é também muito importante reabrir os canais de diálogo com o agronegócio. "O agro deseja pacificação. O governo deveria promover um grande debate sobre o agro em Brasília, convocando todas as lideranças do setor. Sobre o marco temporal, cabe ao Congresso Nacional esta decisão e o presidente Lula deve respeitá-la", afirmou.

    O ex-governador também fez uma crítica a um aspecto da gestão de seu sucessor, Tarcísio de Freitas. "A retirada das câmeras corporais na polícia é um equívoco e um retrocesso. Quando implantamos as câmeras, houve queda expressiva na mortalidade policial e a segurança pública melhorou. Só não gostam das câmeras os maus policiais. Espero que o governador reveja essa posição", finalizou. Assista:


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