Marco Bezzi: “veículos digitais do campo progressista foram decisivos para a vitória de Lula”
Um dos criadores do canal Galãs Feios, jornalista ressalta a importância de se dar espaço para comunicadores menores na esquerda
247 - Jornalista e youtuber, Marco Bezzi vem se consolidando como um dos principais comunicadores do campo progressista em todo o Brasil. Em entrevista ao programa Literatura & Pensamento Crítico, da TV 247, ele falou sobre a vitória de Lula, o seu livro “Amanhã vai ser pior: o Brasil segundo os Galãs Feios” (Kotter) e a importância de fomentar a rede digital dos veículos progressistas nacionais para combater o bolsonarismo.
Bezzi é um dos criadores dos Galãs Feios, o notório canal que mistura política e humor de forma ácida e inteligente, o que lhe rendeu ressonância no âmbito nacional. “Foi um movimento super necessário, de usar o humor para trazer a política em uma embalagem um pouco mais palatável”, explica o comunicador.
Para ele, o campo progressista precisa endereçar com mais cuidado o fomento dos veículos digitais para enfrentar a guerra cultural travada pelo bolsonarismo.
“Existe a necessidade dos partidos e principais políticos de esquerda olharem com mais cuidado para os veículos digitais progressistas, porque foi assim que o bolsonarismo também cresceu, dando espaço para comunicadores menores e criando uma base para essa luta digital, que é parte fundamental da guerra cultural bolsonarista”, ressalta Bezzi.
Ainda de acordo com ele, a atuação de figuras-chave da esquerda e de outros influenciadores digitais progressistas foi fundamental para a vitória de Lula sobre Bolsonaro no último domingo.
“Essa eleição foi definida por pouco mais de dois milhões de votos. Então, com certeza, esse trabalho que foi feito pelos veículos e influenciadores digitais no campo progressista foi decisivo. A diferença foi muito pequena. A luta e a batalha dessas pessoas têm que ser olhadas pela esquerda, que precisa começar a fomentar comitês, físicos e virtuais, para aguçar o lado político e humano das pessoas”, pondera.
Para ele, “o PSOL, por exemplo, que é um partido mais novo, vem entendendo isso muito bem. Por exemplo, o Bolsonaro vai em uma live de alguém desconhecido, e ele fez isso muitas vezes, o cara aumenta cem, duzentos mil inscritos em duas horas de conversa. (...) E todos os membros do bolsonarismo, os filhos dele, os ministros etc., fazem isso. A esquerda ainda tem essa dificuldade de aplicar essa dinâmica”.
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