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    “O sionismo já está interferindo nas eleições presidenciais de 2026”, diz Lejeune Mirhan

    Lejeune Mirhan critica apoio de lideranças sionistas à extrema-direita e destaca postura solidária de Lula ao povo palestino

    (Foto: Divulgação)

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    247 – No programa Bom Dia 247 da última segunda-feira (25), o professor e sociólogo Lejeune Mirhan fez declarações contundentes sobre o impacto do sionismo no cenário político brasileiro e a influência sobre as eleições presidenciais de 2026. O comentário foi motivado pelo jantar promovido pela Confederação Israelita do Brasil (Conib) no sábado (23), no clube Hebraica, em São Paulo, evento que reuniu lideranças políticas de direita.Dando crédito ao UOL, que trouxe detalhes do jantar, Mirhan ressaltou as declarações do presidente da Conib, Claudio Lottenberg, que afirmou não ter convidado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas indicou que “o futuro presidente do Brasil está nessa sala”. A fala, acompanhada pelo apoio explícito a nomes como os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) e Claudio Castro (PL-RJ), gerou polêmica e questionamentos sobre a neutralidade da entidade.

    “O sionismo já está interferindo nas eleições presidenciais de 2026”, afirmou Mirhan. Ele destacou que, enquanto lideranças da direita buscam apoio em eventos como o da Conib, o presidente Lula adota uma postura solidária ao povo palestino, algo que o diferencia das figuras presentes no jantar. “Fico feliz que o presidente Lula não tenha sido convidado para o jantar da Conib. Ele é solidário ao sofrimento do povo palestino”, pontuou.

    Ainda segundo Mirhan, nomes como Tarcísio de Freitas e Ronaldo Caiado buscam, por meio do apoio sionista, legitimar-se como lideranças da extrema-direita no país. “Tarcísio e Caiado querem ser ungidos pelo sionismo, como os nomes da extrema-direita”, afirmou.

    Contexto político do jantar

    O jantar da Conib reuniu não apenas governadores como Tarcísio, Caiado e Castro, mas também outras figuras da direita, como o prefeito Ricardo Nunes (MDB-SP), o senador Carlos Viana (Podemos-MG) e a deputada Carla Zambelli (PL-SP). Até mesmo o ministro do Supremo Tribunal Federal André Mendonça, indicado por Jair Bolsonaro, esteve presente.

    Apesar de indiciado pela Polícia Federal e inelegível até 2030, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi tema evitado no evento, que preferiu destacar o conflito Israel-Palestina e a necessidade de uma nova liderança da direita. Governadores como Tarcísio criticaram ações do Hamas em 2023 e questionaram a cobertura internacional do conflito, enquanto Caiado reafirmou sua pré-candidatura à presidência em 2026.

    As declarações de Lottenberg, ao declarar apoio a lideranças de direita e afirmar que “o futuro presidente está nessa sala”, colocam em xeque a neutralidade política da Conib. Em 2022, a entidade publicou manifesto declarando-se apartidária, mas os recentes movimentos sugerem outra direção.

    Impacto na política brasileira

    A análise de Lejeune Mirhan reforça a preocupação com a crescente influência externa em questões políticas nacionais e destaca o papel de Lula como contraponto às alianças de direita. “O presidente Lula não se curva a esse tipo de política de alinhamento automático. Ele mantém sua solidariedade ao sofrimento palestino e sua independência nas relações internacionais”, concluiu o analista.

    O episódio evidencia o quanto as alianças políticas e internacionais devem influenciar as próximas eleições presidenciais, especialmente em um cenário cada vez mais polarizado. Assista: 

     

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