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    "O terrorismo não teria sido possível sem a rádio Jovem Pan", diz João Cezar de Castro Rocha

    Professor diz que a rádio exerceu papel central na disseminação de conteúdos extremistas

    (Foto: ABR | Reprodução)

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    247 – O professor João Cezar de Castro Rocha, especialista no tema da retórica do ódio, afirmou, em entrevista aos jornalistas Leonardo Attuch e Sara Goes, no Boa Noite 247, que o fenômeno brasileiro de dissonância cognitiva coletiva é único e permitiu criar o ambiente propício para os atos terroristas em Brasília, com papel central exercido pela Jovem Pan. "A Jovem Pan dobrou sua aposta no apoio a Bolsonaro. Foi negacionista e seus comunicadores cometeram crimes. O terrorismo não seria possível sem a rádio Jovem Pan", disse ele. "O comentarista Paulo Figueiredo convocou o Exército a assassinar brasileiros", lembrou ainda o professor.

    João Cezar também disse que a Jovem Pan virou lugar de exposição de subcelebridades e infantilizou a sua audiência. "A extrema direita chegou ao poder ao despolitizar a pólis", afirmou. "Quem financia criminoso, criminoso é. O Exército brasileiro e a PM do DF são co-responsáveis pelos ataques terroristas de 8 de janeiro", destacou.

    Segundo o professor, a extrema direita faz com que pessoas frustradas se sintam super-homens. "O bolsonarismo virou seita religiosa e agora já se trata de terrorismo doméstico. Os terroristas formaram narrativas: a de que infiltrados do PT quebraram tudo e a de que o governo sabia do que acontecia e a de que o sonho não acabou", finalizou. 

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