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    Renato Freitas enfrenta ameaças após revelar dados sobre execução policial

    Deputado em Curitiba denunciou ser alvo de ameaças por parte de bolsonaristas. Assista na TV 247

    Renato Freitas (Foto: Rodrigo Fonseca/CMC)

    247 - O deputado estadual do Paraná Renato Freitas (PT), conhecido ativista anti-racismo, relatou em uma entrevista à TV 247 suas preocupações com sua própria segurança após denunciar um caso de execução policial em Curitiba. O parlamentar afirmou que teme pela sua vida, integridade física e bem-estar, especialmente depois de enfrentar intimidações por parte de bolsonaristas na Assembleia Legislativa em resposta às suas denúncias.

    A inquietação de Renato Freitas cresceu quando ele revelou informações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), ligado ao Ministério Público, apontando que em 2022 a Polícia Militar havia alegado "legítima defesa" em 483 casos de assassinatos. O deputado trouxe à tribuna da Assembleia Legislativa casos específicos com imagens de circuitos de câmeras, que, segundo ele, demonstravam que essas alegações não correspondiam à realidade. 

    Ele citou o caso de Caio José Ferreira de Souza Lemes, de 17 anos, que morreu no fim de março após ser baleado na cabeça por um guarda municipal na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Três agentes faziam parte da equipe envolvida na abordagem que resultou na morte do adolescente: Edilson Pereira da Silva, autor do disparo, Anderson Bueno e Edmar Junior.

    “Eu trouxe alguns casos, com circuitos de câmeras, que demonstraram que naquele caso não havia legítima defesa porque foram pessoas executadas, inclusive o jovem Caio José, de 17 anos, que foi assassinado com 2 tiros na nuca na zona Oeste de Curitiba, no bairro Campo Comprido, pela Guarda Municipal. E a GM disse que ele estava com uma faca, colocando a vida de outras pessoas em risco. As câmeras de segurança demonstraram que não só ele estava desarmado, como a faca foi forjada. Depois da demonstração das provas, o próprio guarda municipal confessou o delito e que havia forjado o flagrante”, disse o deputado. 

    Essa denúncia não passou despercebida pelas autoridades, e o secretário de Segurança Pública do Paraná, tenente-coronel Hudson Teixeira, foi o responsável por entrar com um pedido de cassação contra Renato Freitas, alegando que o deputado havia atacado a Polícia Militar e supostamente quebrado o decoro parlamentar.

    Na entrevista, Freitas lembrou que o tenente-coronel Hudson é bolsonarista, e ficou famoso na época dos bloqueios bolsonaristas por ter reconhecidamente prevaricado. “Realmente eu tenho uma preocupação muito grande em relação à minha segurança, integridade física e vida. Primeiro porque o pedido de cassação que inaugurou a Comissão de Ética nessa legislatura que pertenço foi contra mim e veio do secretário de Segurança Pública do Paraná, tenente-coronel Hudson, que ficou famoso na mídia quando disse que estava prevaricando quando não desobstruía as vias que estavam sendo ocupadas pelos bolsonaristas golpistas naquele momento”, disse o deputado. 

    “O questionamento foi o suficiente para meu pedido de cassação. Por que fazer isso? Sabendo que o pedido seria arquivado e não teria sucesso? Ele gostaria naquele momento de unificar a corporação em relação ao seu nome, unificando a corporação ao ódio à minha pessoa, me taxando de inimigo da segurança pública, de pessoal dos direitos humanos, defensor de bandido, vinculado ao crime, como fizeram com o Flávio Dino”, completou. ASSISTA: 

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