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    Esperança de medalha, Rayssa Leal passa sufoco na estreia no skate em Paris e vai à final

    "Fadinha", como é conhecida, não decepcionou, agradou aos juízes e terminou a bateria das eliminatórias em quinto lugar

    Rayssa Leal (Foto: Helena Petry/Divulgação/COB)

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    Maria Paula Carvalho, RFI - Neste domingo (28) de sol forte e céu azul em Paris, os torcedores lotaram a Arena La Concorde, onde fica o parque urbano para as competições de esportes radicais dos Jogos Olímpicos. No programa do dia, o Brasil teve três representantes no skate street, em que os atletas fazem manobras em obstáculos urbanos como escadas, corrimões e bancos.

    O skate street envolve manobras técnicas e habilidade, que a maioria desenvolve desde muito cedo, já que as idades das competidoras são de, em média, 14 anos. As brasileiras Pâmela Rosa e Gabriela Mazetto, campeã mundial de street, disputaram a mesma bateria classificatória.

    Com falhas em algumas manobras, elas foram eliminadas, em 16ª (205.23 pontos) e 19ª posições (144.35 pontos), respectivamente. Nas eliminatórias, as oito melhores pontuações avançam para a final. Restava ainda a grande estrela do skate nacional, Rayssa Leal, 16 anos, medalha de prata em Tóquio.

    E Fadinha, como é conhecida, não decepcionou. Com manobras certeiras e muito estilo, ela agradou aos juízes e terminou a sua bateria das eliminatórias em quinto lugar. Mesmo nas quedas, recebeu apoio da torcida, que vibrava com ela.

    Na sequência, os resultados das concorrentes fizeram a brasileira acabar em sétimo, com 241.43 pontos, no limite para garantir a presença na final, neste domingo.  

    "Faltou algumas coisas, eu acertar algumas manobras meio simples na minha linha. Acho que eu deixei o meu nervosismo bater um pouquinho", disse Rayssa, enquanto aguardava o encerramento das eliminatórias. "Mas agora está tudo certo. Agora já passou", garantiu. "Agora vamos ver se a gente consegue fazer mais história."

    Fadinha encanta os fãs - Na arquibancada, a RFI Brasil conversou com Elisângela, vinda de Imperatriz, no Maranhão. Mãe de Felipe Gustavo, treinador de Rayssa Leal, ela estava visivelmente emocionada “O coração está acelerado, como torcedora e como mãe”, disse, ao contar a história das “duas crianças que começaram a andar de skate aos 9 e 5 anos”.

    A jovem sensação chegou a Paris como uma das favoritas no street feminino. A cada passagem dela pela pista, a arquibancada vibrava aos gritos de “A Rayssa apareceu”.

    “A gente já teve o Mineirinho antes, mas certamente ela começou a atingir muito mais fãs, mesmo o público que não gostava de skate antes”, diz à RFI Caimã, que veio do interior de São Paulo para o evento.

    A enorme estrutura com diversas arenas montadas no entorno do milenar obelisco de Luxor agradou aos milhares de espectadores. “Parece a Disney dos esportes olímpicos: a decoração, o ambiente, a vibração. É muito bonito”, diz o advogado brasileiro Gabriel Ranieri, que vive na capital francesa.

    Cada atleta faz duas passagens de 45 segundos na pista e mais cinco manobras individuais. Ambas tiveram quedas nas primeiras passagens, mas foram muito aplaudidas pelos brasileiros presentes, como Lais Hirata, relações públicas. “E incrível ver elas tão novinhas assim competindo”, diz.

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