Fifa diz estar aliviada com volta de Ednaldo à CBF e descarta punir Brasil
Presidente da CBF agradeceu o apoio da Fifa e da Conmebol após voltar ao comando da entidade
(Reuters) - A Fifa está aliviada com a volta de Ednaldo Rodrigues ao comando da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), e o risco de suspensão do Brasil de competições internacionais está descartado, disse nesta segunda-feira o diretor de assuntos jurídicos da federação internacional de futebol, Emilio García.
O diretor da Fifa e um representante da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) estiveram na sede da CBF nesta segunda para uma visita institucional que fora agendada em meio ao processo de afastamento de Ednaldo do cargo de presidente da CBF, no mês passado.
Em dezembro, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro retirou o dirigente do cargo, nomeou um interventor e deu um prazo para a marcação de novas eleições, em ação no âmbito de uma disputa sobre o processo eleitoral da entidade. No entanto, na semana passada, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes determinou a volta do dirigente ao cargo alegando que a destituição pela Justiça comum poderia causar danos ao futebol brasileiro e a suspensão do Brasil de competições internacionais de futebol.
“Ficamos aliviados com a decisão do Supremo Tribunal, que restaura a presidência do presidente Ednaldo com base numa decisão livre e democrática do futebol brasileiro“, disse García.
“Ficamos contentes que voltamos à situação original em que o futebol brasileiro elegeu seu presidente. O futebol brasileiro estava em risco, muito alto, de expulsão do Brasil de competições internacionais. Isso ficou descartado no momento depois da decisão do Supremo, e não está mais na mesa”, acrescentou.
O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, agradeceu o apoio da Fifa e da Conmebol. “É o momento que se restaura a normalidade do futebol brasileiro e temos muitos compromissos para nosso calendário. Queremos nos concentrar a partir de agora no desenvolvimento do futebol brasileiro“, afirmou o dirigente.
“Fui eleito de uma forma clara e transparente. Ganha o futebol brasileiro quando tem sua autonomia restabelecida. Temos agora certeza que os clubes e as seleções do Brasil vão participar de competições internacionais“, disse Ednaldo.
Um dia após retomar posse, na quinta-feira, Ednaldo anunciou a demissão do técnico Fernando Diniz do comando da seleção brasileira e convidou Dorival Júnior, que estava no São Paulo, para assumir a equipe. A perspectiva é que até quarta-feira o novo técnico seja apresentado.
O Brasil está atualmente na incômoda sexta colocação nas eliminatórias sul-americanas para a Copa de 2026, após sofrer três derrotas seguidas para Uruguai, Colômbia e Argentina.
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